O PFL já havia anunciado que os congressistas de sua bancada estariam fora desta e de qualquer outra votação até quarta, quando a cúpula do partido se reúne para discutir que posição tomar em relação à ação da Polícia Federal contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Mesmo assim, o presidente da Câmara, Aécio Neves, decidiu manter a sessão desta terça.

O governo quer destrancar a pauta o quanto antes para evitar um atraso ainda maior na prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Em cada semana de atraso, o governo perde R$ 400 milhões na arrecadação. Numa tentativa de forçar os trabalhos na Casa, Aécio chegou a sugerir nesta terça que sessões sejam promovidas às sextas-feiras.

Para que a medida provisória do setor elétrico seja votada é necessário um quórum mínimo de 257 deputados em plenário e a mesma quantidade de votos a favor. Caso esse número não seja alcançado, a medida provisória é rejeitada e só poderá ser reeditada no ano seguinte.

Sem o PFL, a bancada aliada não terá tranqüilidade para aprovar a medida. O PSDB tem 94 deputados, o PPB tem 53, o PTB tem 34 e o PMDB tem 88, o que daria um total de 269 congressistas se todos estiverem presentes e votarem a favor da MP.