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Escândalo no Senado argentino causa desencontro no Governo
Do Diário do Grande ABC
11/09/2000 | 15:14
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O presidente Fernando de la Rúa discordou nesta segunda, publicamente, o seu vice, Carlos Alvarez, em relaçao ao escândalo que atinge o Senado argentino, alvo de denúncias de suborno de alguns de seus integrantes.

A Justiça Federal, a pedido de Alvarez, está investigando as acusaçoes de que um grupo de Senadores, a maioria da oposiçao peronista e outros da Aliança governante, receberam dinheiro para aprovar, em abril passado, a polêmica reforma trabalhista apresentada pela administraçao de De La Rúa.

Alvarez defendeu a renúncia coletiva dos Senadores, alegando o clima de 'desprestígio' que atinge aquela casa legislativa.

Já De La Rúa, em visita oficial a Xangai, afirmou nesta segunda, em entrevista, que nao considera a renúncia uma soluçao. ``O presidente nao pode pedir a renúncia de Senadores; primeiro por ser outro poder e, depois, porque a renúncia só deve acontecer quando se prova que houve crime, o que ainda nao aconteceu', afirmou.

A tese da renúncia também foi defendida pelo veterano Senador peronista Antonio Cafiero, primeiro a denunciar o suposto caso de suborno. Para ele, deveriam ser convocadas eleiçoes tanto para os titulares quanto os suplementes.

O Senado da Argentina, de 72 membros, deve renovar-se totalmente no ano que vem. E a idéia de antecipaçao das eleiçoes enfrenta entraves de natureza constitucional de complicada resoluçao.




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