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Heróis da Copa do Brasil relembram o título do Santo André

Vinte anos depois, Élvis e Sandro Gaúcho, autores dos gols da final contra o Flamengo, mantêm o carinho pelo Santo André

Ryan Leme
Especial para o Diário
30/06/2024 | 10:07
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FOTO: Thales Stadler, 2004

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O Esporte Clube Santo André conquistava o maior título do Grande ABC no futebol há 20 anos: a taça da Copa do Brasil de 2004. Na grande final, no maior estádio do País, o Maracanã, e o Ramalhão bateu o Flamengo por 2 a 0, com mais de 70 mil presentes.

Duas décadas depois, os heróis e autores dos gols na conquista andreense já não atuam dentro das quatro linhas. O ex-atacante Sandro Gaúcho, 56 anos, vive nos Estados Unidos, enquanto o ex-meia Élvis, 45, acaba de iniciar um novo capítulo no futebol, mas dessa vez fora dos gramados.

“Depois de tomar o empate no final, na ida, ficamos desanimados, mas a confiança era grande, fazíamos uma campanha boa fora de casa”, relembra Sandro Gaúcho, um dos líderes do elenco campeão. “A sensação de marcar um gol no Maracanã lotado foi indescritível. A final foi três dias após meu aniversário, então foi como um presente que ficará marcado para sempre na memória”, conta o ex-jogador, que abriu o placar com um gol de cabeça aos 7 minutos do segundo tempo no jogo final, após um empate por 2 a 2 no primeiro encontro, no Parque Antártica.

Segundo maior artilheiro da história do Santo André, com 58 gols, Sandro Gaúcho explica que apareceram outras oportunidades após a conquista, porém, optou por continuar a defender as cores do Ramalhão. “Eu tinha o sonho de jogar uma Libertadores, e consegui. Infelizmente, caímos na primeira fase em 2005, mas o sentimento de entrar em campo nesse torneio é diferente”, revela.

O responsável por ampliar a vantagem e fechar o placar foi Élvis, que aproveitou um cruzamento rasteiro de Osmar, aos 22 minutos da etapa final. “Aquele elenco foi montado rapidamente e tinha muitos jovens, mas nos provamos durante o campeonato, eliminando Atlético-MG, Guarani e Palmeiras”, relata o ex-atleta, que também destaca a união do elenco e conta que um gol decisivo no Maracanã é uma sensação única na carreira. 

Na época com 25 anos, Élvis diz que o gol na final trouxe assédio de outros times. “O próprio Flamengo queria conversar comigo, assim como o Athletico Paranaense, mas acabei jogando no Botafogo” explica o ídolo do Santo André. 

No início de 2024, Élvis iniciou carreira como técnico, e atualmente está no Capela Esporte Clube, time do interior de Alagoas, que disputa a segunda divisão estadual.

“Sou grato ao Santo André, foi a equipe que abriu as portas na minha carreira, onde tive muitas alegrias e que guardo na memória com carinho”, conta Elvis, que teve outras duas passagens pelo time, entre 2009 e 2010 e de 2014 a 2015. 

Durante a campanha que deu o troféu a o Ramalhão, o time do Grande ABC estreou contra o Novo Horizonte-RS e se classificou em uma goleada por 5 a 0. Na segunda fase eliminou o Atlético-MG em um agregado de 3 a 2. Nas oitavas e quartas de final, o Santo André ficou empatado com Guarani e Palmeiras, mas bateu os oponentes pela regra dos gols fora de casa. Dois confrontos emocionantes contra o 15 de Novembro-RS marcaram as semis, que terminou com o time andreense em vantagem por 6 a 5.

Sandro Gaúcho conta que mantém contato com os ex-companheiros e acompanha o Ramalhão. “Sempre torço pelo Santo André, para que volte a disputar títulos, como em 2010, vice no Paulista”, relata. 




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