O BCE elevou essas taxas em 25 pontos-base em seu último encontro há duas semanas, citando, na ocasiao, o crescente risco inflacionário provocado pelo enfraquecimento do euro e pelo aumento do preço do petróleo como justificativa para a decisao.
A despeito do contínuo enfraquecimento do euro - que situa-se abaixo de US$ 0,96 - o BCE tem resistido a intervir no mercado ou aumentar o juro para alavancar a moeda. Se o euro estabilizar-se entre US$ 0,96 e US$ 0,97, conforme o previsto, os analistas acreditam que o BC europeu deverá voltar a elevar o juro em maio, em 25 pontos-base, mas se o euro continuar em seu processo de depreciaçao, acredita-se que o aumento do juro poderá vir antes do esperado.
A posiçao adotada pelo BCE na reuniao de hoje foi creditada à decisao da Opep de aumentar a produçao de petróleo, o que tende a atenuar as pressoes de alta da commodity, e ao pacto, considerado moderado, formalizado entre a IG Metall, poderosa central sindical da Alemanha, com empresários do setor metalúrgico e químico da regiao Renânia Norte-Vestfália. O BCE havia destacado os preços do petróleo e a potencialidade da elevaçao dos salários como fatores inflacionários preocupantes.
Com o afrouxamento dessas pressoes, o BCE deve concentrar-se agora na observaçao da base monetária da zona do euro, que continua registrando uma expansao acima do valor de referência do BCE de 4,5%. Em fevereiro, a base monetária M3 cresceu 6,2%, superando o ritmo de aumento de 5,2% observado em janeiro.
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