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Centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, na Capital, ontem, para pedir o arquivamento do projeto de lei 1904/24, que equipara o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio, aumentando de dez para 20 anos a pena máxima para quem realizar o procedimento. É a terceira manifestação realizada no local contra a proposta desde 13 de junho.
Uma bateria de tambores dava ritmo aos gritos de ordem. Ao microfone, as manifestantes se revezavam para explicar as razões do protesto. Parte delas usava o lenço verde que se tornou símbolo dos atos em defesa ao direito ao aborto legal. Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou que criará uma comissão para debater o projeto no segundo semestre. O adiamento do debate ocorre após críticas, da sociedade civil e de autoridades, ao teor do projeto e ao fato de deputados federais terem aprovado regime de urgência para a proposta, o que significa votar diretamente no plenário sem passar por discussões nas comissões da Casa.
A militante Letícia Parks, do movimento Pão e Rosas, explicou que há o risco de o projeto ser votado em agosto, por isso a necessidade de mobilização constante. “É muito importante dar um recado para o Congresso de que nós não vamos parar de lutar enquanto esse PL continuar em pauta”, enfatizou.
A ampliação do direito do aborto e da autonomia das mulheres também faz, segundo Letícia, parte das reivindicações da manifestação. “A gente luta pelo direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito. Não se trata apenas de defender um direito restrito, como é o que existe hoje, mas lutar pelo direito de as mulheres decidirem sobre o próprio corpo de forma totalmente livre”, explicou.
COPACABANA
Manifestantes também se reuniram na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, ontem pela manhã para pedir o arquivamento imediato do projeto de lei. (da Agência Brasil)
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