Contrariando informações de que estariam descontentes em comparecer à reunião de ontem do OP (Orçamento Participativo) em Mauá, professores da rede municipal de afirmaram que não houve nenhuma obrigatoriedade imposta por parte da Secretaria de Educação. Segundo eles, a secretária Margaret Franco Freire propôs aos diretores de cada escola municipal que a reunião do OP fosse considerada como reposição de aulas para cumprir a carga dos dias perdidos na tentativa de conter o surto da Gripe A.

"Os diretores ficaram responsáveis por negociar com a gente. Aceitamos porque teremos um dia a menos para repor no final do ano e as crianças terão diversão e lazer. É uma forma interessante de conhecimento. O ensino precisa ser diversificado e não só em sala de aula", afirmou uma professora que identificou-se apenas como Cida. A opinião foi endossada por outros seis educadores, que classificaram as informações de que haveria pressão para irem ao evento como "interesses políticos".

Os pais afirmam que também não houve nenhuma pressão para levarem os filhos. "Achei bom porque assim já matam as pendências de uma vez. As crianças precisam de espaço para se divertir. Isso também é aprendizado", avaliou o metalúrgico Odair Santos. O OP foi realizado na praça principal do Jardim Maringá, ao lado da A
venida Barão de Mauá. Ao longo do dia, as crianças participaram de brincadeiras em equipamentos montados pela Prefeitura. Houve também atendimento à Saúde e serviços como cortes de cabelo em tendas espalhadas por toda a praça.