A Câmara de Santo André vota na sessão de hoje, a última do ano, projeto de lei protocolado pelo prefeito Aidan Ravin (PTB) que concederá abono de R$ 500 a todos os servidores públicos no município. O benefício será repassado aos 14 mil servidores neste ano. Trata-se da segunda bonificação destinada aos funcionários desde que Aidan assumiu o governo - a primeira, de R$ 935, foi concedida em maio, quando os servidores receberam reajuste de 4,5%. Ao todo, com a aprovação do projeto, cada servidor terá recebido ao longo de 2009 R$ 1.435. Outro item que deverá ser votado é o projeto que destina subvenção de R$ 627mil para as escolas de samba promoverem o Carnaval de 2010.

O último encontro dos vereadores antes do recesso parlamentar terá ainda 33 itens na ordem do dia, entre eles o Código de Ética, que o PT pretende aprovar. "Vamos colocar para votar. É algo importante, mais do que isso, é necessário", disse o vereador petista Tiago Nogueira.

Segundo o secretário de Orçamento e Planejamento, Arnaldo Pereira, o abono é a maneira de o prefeito reconhecer o trabalho dos funcionários. Arnaldo destacou que acredita na aprovação do projeto. "Tiramos o valor do superávit previsto para 2010 de modo a beneficiar o servidor", explicou.

A subvenção de R$ 627 mil para realização do Carnaval também deve ser aprovada hoje, segundo o vereador Paulinho Serra (PSDB). "Com o retorno das atividades somente em fevereiro, não haveria tempo para aprovarmos e para que a Prefeitura fizesse o repasse dos valores às escolas de samba. É algo que precisa ser resolvido", avaliou o tucano.

Outro projeto que figura na pauta do Legislativo é o da macrozona urbana, o que mobilizará o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Muraro, para explicar como será a nova proposta. "Ele virá à Casa detalhar o projeto. Creio que teremos votação com êxito a partir da visita", afirmou o líder do governo Marcelo Chehade (PSDB).

Ao longo do ano, a Câmara andreense seguiu a passos de tartaruga. Foram raros os projetos criados por vereadores que obtiveram êxito e hoje estão em pleno andamento. A pauta seguiu lotada a ponto de transbordar em diversos momentos, com média de 50 a 70 itens por sessão. Muitos deles tiveram de ser retirados porque incorriam em vício de iniciativa, ou seja, eram inconstitucionais. Para fechar o ano, tecnicamente, os parlamentares devem zerar as pendência e dar solução às 33 pautas do dia, o que dificilmente será possível, até porque a hipótese de a Casa abrir sessão extraordinária no último compromisso oficial do ano é remota.