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Filme de Brian de Palma abre 63º Festival de Veneza
Das Agências
24/07/2006 | 13:40
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‘A Dália Negra’ (The Black Dahlia), o esperado filme de Brian De Palma com Scarlett Johansson, Hilary Swank e Josh Hartnett, que trata do romance homônimo de James Ellroy, será o filme de abertura do 63º Festival Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza, apresentado em pré-estréia mundial na noite de 30 de agosto, na Sala Grande do Palazzo del Cinema.

O festival irá de 30 de agosto a 9 de setembro, dirigido pelo terceiro ano por Marco Müller, e organizado pela Bienal de Veneza, presidida por Davide Croff. "Estamos honrados que Brian De Palma tenha decidido abrir o 63ª Festival com o seu novo e tão esperado filme, confirmando assim sua forte ligação com Veneza", afirmaram o presidente Davide Croff e o diretor Marco Müller.

Segundo a agência Ansa, os dois explicam que De Palma foi convidado a ir ao festival pela primeira vez em 1975, com um dos seus primeiros filmes, ‘Irmãs Diabólicas’, e em setembro o diretor "pisará pela quinta vez na passarela do Palazzo del Cinema, após ter apresentado ao longo desses anos ‘Um Tiro na Noite’, ‘Síndrome de Caim’ e um dos seus trabalhos mais importantes, ‘Os Intocáveis’.

Croff e Müller dizem que, graças ao filme, "a mostra poderá saudar novamente duas estrelas indiscutíveis do cenário internacional, ambas reveladas em Veneza, Scarlett Johansson e Hilary Swank". Segundo o diretor e o presidente, o festival poderá reencontrar ainda Dante Ferretti, que, assinando os cenários de época de ‘A Dália Negra’, se reafirma como "o cenógrafo mais apreciado pelos diretores de Hollywood".

’A Dália Negra’ é a versão cinematográfica do romance homônimo que revelou ao mundo o talento de James Ellroy. O enredo é ambientado em 1947 e tem dois policiais como protagonistas, Bucky Bleichert (Josh Hartnett) e Lee Blanchard (Aaron Eckhart), apaixonados pela mesma mulher, a misteriosa Kay Lake (Scarlett Johansson), ex-amiga de um gangster. Os dois se empenham em resolver o assassinato brutal de Elizabeth Short (Mia Kirshner), jovem que ambicionava ser atriz e era chamada de Dália Negra.

Uma nota revela que ‘A Dalia Negra’ se baseia na idéia de dubiedade, tema particularmente caro a Brian De Palma. Os dois protagonistas enfrentam de forma espetacular e oposta não apenas o amor pela mesma mulher, mas também a obsessão pelo macabro homicídio de uma jovem cujo corpo foi cortado em dois.

É dúbio também o papel de Hilary Swank, que interpreta Madeleine Sprangue (nome que remonta ao mais famoso personagem dúbio do cinema, Madeleine-Kim Novak, de ‘A Mulher que Viveu Duas Vezes’, de Alfred Hitchcock), jovem fria e burguesa, mas também uma perigosa "femme fatale", que se veste como a Dália Negra, Elizabeth Short. A própria Kay Lake (Scarlett Johansson), a doce e sensual jovem amada pelos dois policiais, possui um passado obscuro.

Em ‘A Dália Negra’, assim como em qualquer filme que se preze, todos os personagens apresentam duas faces e a realidade tem sempre um lado obscuro.



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