Líderes dos partidos conversam nacionalmente para compor aliança na disputa pelo Paço andreense, assim como já aconteceu em S.Bernardo
O PT iniciou conversas com o PSB, na esfera federal, visando a formação de aliança para a disputa pela Prefeitura de Santo André. Segundo fontes ouvidas pelo Diário, a ideia é reproduzir o que aconteceu em São Bernardo, onde as legendas se compuseram. No caso andreense, o vereador pessebista Eduardo Leite seria indicado pré-candidato a vice na chapa encabeçada pela petista Bete Siraque.
“O próximo passo do PT é reproduzir em outras cidades do Grande ABC o mesmo modelo de São Bernardo. Diadema, Mauá e Santo André estão na lista”, revelou, sob condição de anonimato, uma fonte a par das negociações que, por enquanto, ocorrem na esfera federal e está restrita a representantes da cúpula de ambas as siglas. “Fala-se em composição”, reforçou uma segunda.
Em São Bernardo, após pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSB desistiu da candidatura própria com o ex-vice e ex-deputado federal Marcelo Lima, no último dia 3, para indicar o pré-candidato a vice, o ex-prefeito William Dib, à chapa encabeçada pelo deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira.
Consultada, Bete Siraque garantiu que, na esfera municipal, o assunto ainda não foi debatido, mas alegou que Eduardo Leite seria “muito bem-vindo” para reforçar a pré-candidatura do PT – que será lançada oficialmente pela presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, em plenária agendada para o dia 26, às 19h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André.
“Neste momento, esse assunto não está sendo discutido, mas é importante sempre dialogar. Caso aconteça, o Eduardo será muito bem-vindo”, sinalizou Bete.
Leite disse que tem a palavra de lideranças de sua agremiação garantindo que ele será o nome da sigla à sucessão do prefeito Paulo Serra (PSDB), em outubro. “O PSB tem candidatura própria e o PT também tem. Conversei com o partido e não tem nenhuma conversa encaminhada neste sentido (de união de forças)”.
O vereador andreense até admite a hipótese de se aliar ao Partido dos Trabalhadores para a eleição de outubro, mas impõe a condição de ser o cabeça de chapa. “Respeito a Bete e o momento de hoje. Não cogito esse cenário (de composição), mas se isso acontecer lá na frente, será o inverso, com o PT na vice.”
Escanteado pelo PSB em São Bernardo a seis meses da data do primeiro turno, Marcelo Lima aconselhou o andreense a crer menos nas promessas da agremiação. “Minha pré-candidatura estava apalavrada com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com o ministro Márcio França e com o Carlos Siqueira, presidente nacional do partido, e veja o que aconteceu”, lembrou.
“Por acreditar nas palavras dessas três pessoas, que são as principais lideranças do partido, eu estava tocando o barco da minha pré-candidatura com toda a tranquilidade. Até que fiquei sabendo pela mídia da composição do PSB com o PT”, relatou Marcelo Lima, que, na sequência, migrou para o Podemos, pelo qual pretende disputar a sucessão de Orlando Morando (PSDB) em São Bernardo. “Não duvido de que a história se repita em Santo André”, completou.
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