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PT articula para ter PSB na chapa com Bete em Santo André

Líderes dos partidos conversam nacionalmente para compor aliança na disputa pelo Paço andreense, assim como já aconteceu em S.Bernardo

Evaldo Novelini
Wilson Guardia
13/04/2024 | 02:36
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Celso Luiz/Reprodução Facebook/Claudinei Plaza


 O PT iniciou conversas com o PSB, na esfera federal, visando a formação de aliança para a disputa pela Prefeitura de Santo André. Segundo fontes ouvidas pelo Diário, a ideia é reproduzir o que aconteceu em São Bernardo, onde as legendas se compuseram. No caso andreense, o vereador pessebista Eduardo Leite seria indicado pré-candidato a vice na chapa encabeçada pela petista Bete Siraque.

“O próximo passo do PT é reproduzir em outras cidades do Grande ABC o mesmo modelo de São Bernardo. Diadema, Mauá e Santo André estão na lista”, revelou, sob condição de anonimato, uma fonte a par das negociações que, por enquanto, ocorrem na esfera federal e está restrita a representantes da cúpula de ambas as siglas. “Fala-se em composição”, reforçou uma segunda.

Em São Bernardo, após pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSB desistiu da candidatura própria com o ex-vice e ex-deputado federal Marcelo Lima, no último dia 3, para indicar o pré-candidato a vice, o ex-prefeito William Dib, à chapa encabeçada pelo deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira.

Consultada, Bete Siraque garantiu que, na esfera municipal, o assunto ainda não foi debatido, mas alegou que Eduardo Leite seria “muito bem-vindo” para reforçar a pré-candidatura do PT – que será lançada oficialmente pela presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, em plenária agendada para o dia 26, às 19h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André.

“Neste momento, esse assunto não está sendo discutido, mas é importante sempre dialogar. Caso aconteça, o Eduardo será muito bem-vindo”, sinalizou Bete.

Leite disse que tem a palavra de lideranças de sua agremiação garantindo que ele será o nome da sigla à sucessão do prefeito Paulo Serra (PSDB), em outubro. “O PSB tem candidatura própria e o PT também tem. Conversei com o partido e não tem nenhuma conversa encaminhada neste sentido (de união de forças)”.

O vereador andreense até admite a hipótese de se aliar ao Partido dos Trabalhadores para a eleição de outubro, mas impõe a condição de ser o cabeça de chapa. “Respeito a Bete e o momento de hoje. Não cogito esse cenário (de composição), mas se isso acontecer lá na frente, será o inverso, com o PT na vice.”

Escanteado pelo PSB em São Bernardo a seis meses da data do primeiro turno, Marcelo Lima aconselhou o andreense a crer menos nas promessas da agremiação. “Minha pré-candidatura estava apalavrada com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com o ministro Márcio França e com o Carlos Siqueira, presidente nacional do partido, e veja o que aconteceu”, lembrou.

“Por acreditar nas palavras dessas três pessoas, que são as principais lideranças do partido, eu estava tocando o barco da minha pré-candidatura com toda a tranquilidade. Até que fiquei sabendo pela mídia da composição do PSB com o PT”, relatou Marcelo Lima, que, na sequência, migrou para o Podemos, pelo qual pretende disputar a sucessão de Orlando Morando (PSDB) em São Bernardo. “Não duvido de que a história se repita em Santo André”, completou.




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