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Eduardo Leite diz que Sto.André carece de ‘oxigenação’ no governo

Vereador conta que pré-candidatura ao Paço já conta com apoios do PSB e Democracia Cristã e que busca parceria com um terceiro partido

Evaldo Novelini
28/03/2024 | 10:31
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Evaldo Novelini


O vereador Eduardo Leite (PSB) disse ontem que anuncia nos próximos dias o terceiro partido político que vai formar a coligação pela qual deve se lançar candidato a prefeito de Santo André na eleição de outubro. Além da própria sigla, ele já conta com o apoio do Democracia Cristã. O legislador afirmou que pretende reunir o maior número de aliados para fazer uma “oxigenação” na administração.

“Nosso grupo amadureceu bastante. Consolidamos dois partidos importantes e estamos buscando um terceiro, porque nós já temos candidaturas suficientes (a vereador) para termos três partidos em nosso arco de alianças”, declarou Leite durante visita à sede do Diário, ontem. O pré-candidato disse que “a perspectiva de ter um bom resultado” entusiasma o ministro Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, fiadores de seu nome.

A sensação de que a pré-candidatura tem se fortalecido teria sido colhida nas agendas de prestação de contas do mandato que Leite tem feito pela cidade. “Percebo que existem muitos pontos do governo Paulo Serra bem avaliados e também existe expectativa de que tenha uma oxigenação, de que a gente aponte alguns caminhos para aquilo que, no sentimento da população, precisa avançar”, contou.
Ex-integrante do PT, adversário do governo do prefeito Paulo Serra (PSDB), Eduardo Leite comprou briga com o partido em 2021 ao dizer, em entrevista ao Diário, que era “difícil fazer oposição a um governo que acerta”. Questionado ontem sobre se enfrentará algum conflito interno para, durante a futura campanha, criticar a administração, negou.

“Na verdade, eu sempre tive uma postura crítica. Mesmo quando reconheci muitos aspectos positivos do governo Paulo Serra, nunca deixei de ser crítico. Sempre pontuei questões que, na minha opinião, a gente precisa melhorar. Não houve uma mudança de visão. Reconheço pontos positivos, mas sei que muitas coisas podem melhorar”, respondeu Leite, citando segurança pública, saúde e geração de empregos – nesta ordem.

ALIANÇAS
Leite admitiu a possibilidade de compor com partidos hoje aliados ao prefeito Paulo Serra, mas restringiu os termos da negociação. “O que está aberto hoje é a vaga de vice na nossa chapa.” As conversas sobre aliança com partidos de outros espectros ideológicos só serão conduzidas, de acordo com o vereador, após o aniversário de Santo André, em 8 de abril.
Segundo Leite, porém, a cabeça de chapa é inegociável. “Desde meu ingresso no PSB, venho construindo minha pré-candidatura a prefeito. Não tenho pretensão de disputar a vaga de vice. Eu me preparei para este momento ao longo da minha vida”, declarou.

DISSIDENTES
O vereador disse que enxerga com naturalidade as dissidências do grupo governista, como a do vice-prefeito Luiz Zacarias (PL). “Desde o início das discussões em torno da sucessão, várias pessoas têm sinalizado o desejo de ser pré-candidato. O Zacarias é uma dessas pessoas. Para mim, não foi surpresa”, alegou Leite, que também citou o deputado federal Fernando Marangoni (União Brasil), que apoia o liberal. “O Fernando sempre teve proximidade com o Zacarias, um vínculo, uma proximidade ideológica. Foi meio que natural também.” 




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