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Empresas de Mauá exportaram 52% a mais em 2003
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/04/2004 | 23:28
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  As empresas instaladas em Mauá ampliaram em 52% suas exportações em 2003 na comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social do município.

Pelos dados apurados pela Prefeitura em contatos com o setor empresarial na cidade, as companhias passaram de US$ 141,6 milhões de vendas externas em 2002 para US$ 215,8 milhões no ano passado.

Na avaliação de empresários locais, parte dos resultados teve ajuda do Departamento de Comércio Exterior, criado em junho de 2003 e que é ligado à Secretaria de Desenvolvimento. O departamento destina-se a auxiliar micro, pequenos e médios empresários a incrementar negócios no mercado internacional.

Segundo o secretário interino de Desenvolvimento de Mauá, Claudio Scalli, o apoio se dá por meio de informações relacionados aos procedimentos para atingir o mercado externo – como as orientações para se conseguir o cadastramento na Receita Federal, como importadora e exportadora – e também com a realização de pesquisa para saber em que mercados os produtos das interessadas em exportar podem ter melhor receptividade. Ele afirmou que existe a intenção de aprimorar esse trabalho de suporte para que os pequenos empresários do município ampliem o volume de exportações em 2004.

Uma pequena empresa local, a Semco Sistemas Expositores e Acessórios, recebe um auxílio duplo da Prefeitura, já que está na Incubadora de Empresas Barão de Mauá. A incubadora é um programa feito em parceria do poder público local com Agência de Desenvolvimento, Sebrae e outras entidades, que dá consultoria e assessoria para microempresários com projetos inovadores se aperfeiçoarem.

O sócio da Semco Marcelo Aflisio Perussetto afirmou que, além dessa ajuda, conta com o departamento de comércio exterior. “Estamos no processo de cadastro na Receita para exportar e importar com o apoio do departamento”, disse.

Segundo o empresário, recentemente a companhia teve uma exportação no valor de R$ 2,5 mil para Portugal, feita de forma indireta, por meio de um cliente. Ele acrescentou que investe R$ 30 mil para se modernizar e duplicar a produção para ganhar escala e com a intenção de adaptar seus itens ao mercado externo. O alvo inicial são os países da América Latina mas há outros potenciais mercados. “Já tivemos visitas de missões de Ângola e da África do Sul na incubadora”, disse.

Outra indústria local, a Ferrari Champion, que produz guias de válvulas automotivas, já fez vendas no exterior, por meio de uma empresa de comércio exterior (trading) mas busca as orientações da secretaria de Desenvolvimento para fazer o cadastramento da Receita e efetuar negócios com seu próprio vendedor (trader) no exterior. No ano passado, a companhia exportou US$ 8 mil. “Mas com a trading, o lucro quase não aparece, já que ela coloca uma margem em cima e meu produto chega caro ao mercado”, disse o sócio Edson Aparecido de Moraes. Ele espera duplicar suas exportações neste ano, que representam 5% de seu faturamento total.




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