Anunciada em 2013, mas barrada em 2019, a entrada para a região fica sem previsão; Artesp e SPMar aguardam Paço ribeirão-pirense
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Sonho antigo de moradores de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, a alça de acesso ao Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas parece distante após 11 anos de sua primeira tentativa de implementação. Anunciada em 2013, mas barrada em 2019, a entrada para os municípios do Grande ABC segue sem previsão, segundo informam a SPMar e Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), que aguardam um novo pedido de instalação pelo Paço ribeirão-pirense.
Em entrevista ao Diário, o diretor-executivo da concessionária SPMar, Marcelo Afonseca, afirmou que, até o momento, não teve nenhuma demanda sobre o assunto. “O nosso presente contrato não contempla novos investimentos, que são estudos que o governo do Estado realiza e, se necessário, faz as inserções no contrato”, diz o diretor. “Essa demanda, para nós, vem por meio do governo do Estado que define como quer fazer. Uma eventual implementação pode ser feita pelo próprio governo estadual, demandando a concessionária, que vê a viabilidade”.
Em 2019, a Artesp arquivou projeto para implantação de segunda alça de acesso ao Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas na região, desta vez a partir da Estrada dos Fernandes, na divisa entre Ribeirão Pires e Suzano. Segundo o órgão, na época, a medida atendia decisão do ex-governador Márcio França (PSB), que, em 2018, optou por realizar mudanças no esboço da proposta.
Segundo publicou o Diário, o projeto foi anunciado em 2013, após ampla reivindicação de prefeitos e deputados do Grande ABC, e previa, dentre série de benefícios, a redução do tempo de deslocamento para moradores de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra que seguiam em direção à Estrada dos Fernandes, além de impulsionar o setor econômico das duas cidades – na época, era previsto impacto direto a 1,4 milhão de habitantes de municípios vizinhos.
Em 2016, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) concedeu, por meio de decreto de utilidade pública, autorização à SPMar, concessionária responsável pelos trechos Sul e Leste da rodovia, para realizar as desapropriações necessárias de imóveis para construção da interligação em Ribeirão Pires, processo que não foi efetivado, sendo alterado por França, que previa a implantação de alça de ligação com o Rodoanel a partir da SP-066 – antiga Estrada Velha São Paulo/Rio, localizada a dez quilômetros de distância de Ribeirão Pires.
Ao Diário, a Artesp afirmou que, devido à mudança de gestão, é necessário um pedido da Prefeitura de Ribeirão Pires para que um novo projeto seja estudado. “Para que possamos tocar assuntos como esse, tem de partir de um pedido da Prefeitura. Até o momento, não foi protocolado pela prefeitura o pedido de alça de acesso entre o Rodoanel Mário Covas (SP-021) e o município de Ribeirão Pires”, disse o órgão por telefone e por comunicado em nota. O Paço Municipal, porém, não retornou os questionamentos acerca de uma possível solicitação.
Trecho Norte tem previsão para 2026
Prometido por muitos anos, o Trecho Norte do Rodoanel deve sair até 2026. No último ano, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) autorizou a assinatura do contrato de concessão da via, na modalidade PPP (Parceria Público-Privada). Ganhadora do certame, a Via Appia FIP Infraestrutura será responsável pelo término do empreendimento orçado em R$ 3,4 bilhões, além da manutenção e operação do trecho por prazo de 31 anos. A entrega que conclui totalmente o anel viário da Grande São Paulo está prevista para o segundo semestre de 2026, com geração de 15 mil empregos.
O consórcio vencedor ficará responsável por investir R$ 2 bilhões para a finalização das obras, além de R$ 324 milhões para a implantação de projetos auxiliares. No segundo critério de classificação, que foi o desconto do aporte do governo de São Paulo, houve abatimento de 23,10%, restando uma subvenção estimada de R$ 1,07 bilhão para o Estado.
A partir da assinatura do contrato, houve a assinatura do Termo de Transferência Inicial e o subsequente início de prazos para execução de obras. A concessionária terá um período de pré-construção, de até um ano, para concluir todos os levantamentos necessários para reassumir a construção.
Essa verificação vai abranger trechos sem conclusão de serviços e condições dos segmentos já executados para detalhar o que precisará ser refeito ou recuperado, entre outros dados técnicos. As informações serão empregadas nos projetos executivos das intervenções até a entrega de todo o Rodoanel Norte, no segundo semestre de 2026. Além disso, haverá investimento de R$ 1,8 bilhão ao longo da concessão para operação e manutenção da via. A supervisão ficará a cargo da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).
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