Segundo o Departamento da Polícia Federal, o fazendeiro Noberto Mânica, preso em Corbélia, Paraná, na última sexta, também será apresentado à Justiça no mesmo dia da entrega do relatório. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Antônio Celso dos Santos, a prisão de Mânica foi solicitada com base em vários indícios que apontam o fazendeiro, um dos maiores produtores de grãos da cidade, como mandante do crime. Outras sete pessoas envolvidas no crime já haviam sido presas.
Na entrega do relatório, o delegado Antônio Celso solicitará a conversão das oito prisões temporárias em preventivas. “Para nós (PF) todas as pessoas envolvidas no assassinato já estão presas”, disse o delegado.
Os funcionários foram mortos no dia 28 de fevereiro deste ano em uma estrada próxima a Unaí, enquanto fiscalizavam denúncias de trabalho escravo em plantações de feijão na região Noroeste de Minas Gerais. O objetivo era checar as condições de trabalho, remuneração e acomodação das pessoas arregimentadas para a colheita.
Francisco Élder Pinheiro, conhecido como Chico Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda confessaram o crime após serem detidos durante operação para prender uma quadrilha de roubo de cargas que atuava no município goiano de Formosa. Francisco Pinheiro revelou que o assassinato dos fiscais foi encomendado pelo comerciante Hugo Pimenta, dono de uma empresa de cereais. Ele teria sido o contratador dos serviços. Também foram presos José Alberto de Castro e Humberto Santos.
Os pistoleiros dispararam nove tiros: dois em Nelson, três em João Batista Lages, dois em Erastótenes de Almeida Gonçalves e dois no motorista Ailton Pereira de Oliveira. Todos levaram tiros na cabeça.
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