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ABC faz megamutirão contra dengue
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
22/05/2003 | 20:47
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Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, numa parceria inédita com a Prefeitura de São Paulo, realizam nesta sexta-feira um mutirão de combate a focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Na ação, serão priorizadas áreas nas divisas entre as cidades da região e a capital, onde teriam sido registrados a maioria dos casos da doença neste ano. A estimativa é que mais de mil profissionais participem do mutirão.

Segundo o Comitê Regional de Mobilização Social de Combate à Dengue, departamento vinculado ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a ação será liderada por dois grupos distintos de trabalho, um de prevenção e outro de erradicação. O primeiro será coordenado por agentes de saúde, que ensinariam aos moradores, por meio de panfletos, métodos para evitar a proliferação do mosquito.

Já a tentativa de erradicação dos possíveis focos será coordenada por agentes de zoonoses. Este grupo atuará principalmente em fábricas e áreas descampadas e vai aplicar produtos químicos especiais para eliminar as larvas do mosquito. Durante todo dia, carros de som devem cruzar as principais vias das cidades envolvidas no mutirão alertando os moradores sobre a ação.

Segundo o Comitê de Combate à Dengue, as investidas devem se concentrar em um perímetro de 400 metros ao longo de toda a fronteira das cidades da região com São Paulo. Dos municípios do Grande ABC que fazem divisa com a capital, Mauá é o único que não participará do mutirão por não ter registrado focos do mosquito nas áreas fronteiriças.

Casos – O último balanço sobre a dengue, realizado entre janeiro e abril deste ano, aponta que a região está mais vulnerável hoje à proliferação de focos do Aedes aegypti do que no ano passado. Segundo o documento, as sete cidades do Grande ABC teriam registrado 1.295 focos do mosquito em 2003, 809 apenas em Diadema, cidade em que a situação é considerada mais crítica.

Em 2002, a região registrou apenas 428 focos durante o mesmo período, quase três vezes menos que a quantidade apontada neste ano. O número de casos da doença foi de 336 no ano passado. Neste ano, já foram confirmados 182. Segundo o Comitê Regional de Mobilização Social de Combate à Dengue a incidência de casos da doença importados de outras cidades foi muito pequena neste ano.

Em 2002, o grande número de moradores da região que estiveram com dengue, teria contraído a doença na Baixada Santista, segundo o Comitê. Neste ano, a Baixada não registrou epidemia de dengue e a maior parte dos 182 casos da doença constatados foram contraídos no interior do Estado ou no Nordeste do país.

O balanço deste ano também aponta o surgimento de casos de dengue autóctones – contraídos na própria cidade. Em Diadema, foram registradas 25 ocorrências do gênero. Nas outras cidades da região não foram registrados casos autóctones. Segundo o Comitê, cerca de 80% dos 1.295 criadouros do mosquito foram encontrados dentro de áreas residenciais.




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