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Partidos estão divididos com decisão do TSE
Do Diário OnLine
27/03/2002 | 15:07
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Os líderes da Câmara e do Senado, que encontraram na manhã desta quarta-feira o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, afirmaram que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ajuda o PSDB e prejudica o PFL e o PT.

O TSE, que decidiu relacionar as coligações estaduais à nacional no início do mês de março, anunciou a liberação da coligações estaduais aos partidos que não estejam coligados nacionalmente e/ou não tenham candidato à Presidência da República.

O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira, resumiu a decisão do TSE como péssima para o partido, pois, certamente, levará o PFL, assim como o PPB, a desistir de uma candidatura para a Presidência da República.

O grupo do PFL que defendia a desistência da candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, à Presidência da República, depois que R$ 1,3 milhão foi encontrado no escritório da empresa Lunus Participações e Serviços (de propriedade da governadora e de seu marido Jorge Murad), está fortalecido com a decisão do TSE.

Inocêncio Oliveira afirmou que o PSDB ganha com a decisão do Tribunal. No entanto, o líder do PSDB, deputado Jutahy Júnior (BA), considerou neutra para seu partido a liberação das coligações, pois a aliança com o PMDB está praticamente acertada, sendo os prejuízos para os dois partidos no plano regional muito pequenos.

O vice-líder do PMDB, Wagner Rossi (SP), considerou a decisão de bom senso, observando que ela compatibilizou o fortalecimento dos partidos no plano nacional com uma maior liberdade no plano regional.

De acordo com o vice-líder do PL, o bispo Rodrigues (RJ), a decisão do TSE beneficia a candidatura do senador José Serra. Ele afirmou que a decisão resultará na existência de cinco a seis candidatos para a Presidência da República, situação que levaria o senador para o segundo turno. “Os tucanos são muito inteligentes por isso estão no poder”, afirmou.

Para o PT, o maior problema será armar uma coligação nacional com pequenos partidos, como o PCdoB e o PL. O deputado Paulo Delgado (PT-MG) classificou a decisão de parlamentarista, pois beneficiará os partidos que não querem o poder, mas sim formar bancadas no Congresso Nacional.




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