O mercado financeiro reagiu sem grandes sobressaltos às novas regras do Banco Central para a renovação da dívida cambial, anunciadas na quarta-feira à noite. A pressão sobre o dólar foi maior pela manhã, enquanto os operadores do câmbio ainda digeriam as medidas. A máxima do dia ficou em R$ 2,846 (alta de 0,99%).

Pelas novas regras, será reduzido em 50% o capital exigido dos bancos para operar no mercado cambial. Outra norma importante do pacote do BC limita as operações de rolagem cambial a dois leilões (no máximo). O primeiro leilão será realizado sempre na quarta-feira que antecede o vencimento em pelo menos cinco dias. Se necessário, o segundo leilão será realizado no dia posterior.

Além disso, o mercado cambial refletiu o resultado de mais um indicador da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou deflação de 0,16% em junho. Trata-se da maior queda desde fevereiro de 2000.

Bovespa - A bolsa de valores de São Paulo foi influenciada negativamente nesta quinta-feira pelo mercado de ações dos Estados Unidos, que repercutiu mal o aumento da taxa de desemprego do país – 6,4% em junho, o índice mais alto em nove anos. A bolsa paulista caiu 1,32%, com o índice Bovespa a 13.134 pontos. A movimentação financeira foi de R$ 422,8 milhões, com 70,2 milhões de títulos negociados.

Os papéis que registraram as maiores altas foram Braskem PNA (3,5%),Tele Leste CL PN (2,2%) e Vale Rio Doce ON (1,8%). As ações com as menores baixas foram LIGHT ON (4,0%), CESP PN (3,7%) e Embratel Par PN (3,5%).