Singh pediu aos países que avancem nas reformas econômicas e fortaleçam as instituições, mas reconheceu que estas mudanças requerem um consenso entre a comunidade, que "é difícil de conseguir em um clima de crescimento fraco e grande desigualdade".
O diretor do FMI elogiou a política econômica de Brasil, Colômbia e Peru, e sugeriu aos candidatos à Presidência argentinos que cheguem a um consenso sobre as metas econômicas. O Brasil "concluiu uma transição política complexa de modo exemplar, que deve ser tomado como modelo por outros", indicou.
Consultado sobre que lições a Argentina deveria tirar do país vizinho, Singh sustentou que "existem aspectos importantes da transição brasileira que têm que ser destacados, principalmente o modo como os candidatos à Presidência concordaram em enfatizar o amplo consenso na comunidade em favor de metas econômicas centrais".
O peronismo, que governa a Argentina, está rachado pelas disputas entre o presidente Eduardo Duhalde e o ex-presidente Carlos Menem, que deseja se tornar pré-candidato à disputa pela Presidência.
Já a Colômbia "tem um governo preparado para tomar decisões econômicas difíceis, motivo pelo qual a diretoria do FMI concedeu-lhe em meados de janeiro um novo empréstimo", disse Singh. Ele também elogiou o Peru, "que conseguiu manter um crescimento relativamente alto em um ambiente externo difícil, enquanto avança em reformas econômicas essenciais".
Singh acrescentou que o Fundo também recebeu bem os "passos adiantados do novo governo do Equador". Mas mostrou preocupação com o alto nível de endividamento de muitos países. Ao falar sobre as lições deixadas pela crise argentina, afirmou que "uma grande dívida pública aumenta a vulnerabilidade, principalmente se houver um alto grau de dolarização. “O nível de dívida seguro para muitos países com mercados emergentes é quase certamente muito menor que as percepções anteriores", disse.
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