Os sindicatos dos bancários, inclusive o do Grande ABC, realizam hoje assembléia em todo o País e devem declarar greve, por tempo indeterminado, a partir de amanhã.

O protesto é decorrente da falta de acordo com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que ofereceu reajuste salarial de 4,5% para a categoria, enquanto a base esperava índice de 10% (aumento real somado à reposição da inflação) - uma das reivindicações contidas na campanha salarial nacional deste ano.

As negociações com a federação foram divididas em cinco dias, porém, as partes não chegaram a acordo. Para a maior parte das reivindicações feitas, a Fenaban apenas negou acordo, informou o sindicato da região.

"Vamos manter greve até que a federação apresente novas propostas e não apenas negue tudo aquilo que foi pedido", informou a presidente do Sindicato dos Bancários do Grande ABC, Maria Rita Serrano.

Além do reajuste salarial, a base busca PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 3.850, tíquete-refeição no valor de R$ 19,25; cesta-alimentação de R$ 465; 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá de R$ 465, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho, com adoção de políticas de combate às metas abusivas e ao assédio moral.

No Grande ABC a assembleia acontece hoje às 19h na Associação dos Aposentados (Rua 24 de Fevereiro, 554, bairro Casa Branca, em Santo André). "Vamos reunir os trabalhadores da base e fazer com que as agências da região fiquem paradas até que haja proposta melhor", declarou Maria Rita.

O Comando Nacional da categoria sugeriu, desde o dia 17 (última reunião com a Fenaban) às entidades sindicais que parassem a partir de amanhã, caso proposta melhor não ocorresse.