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Presidente da Geórgia antecipa eleições para 5 de janeiro
Da AFP
08/11/2007 | 16:39
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O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, anunciou nesta quinta-feira eleições presidenciais antecipadas para 5 de janeiro de 2008, depois da recente onda de manifestações exigindo sua demissão e que o levou a decretar o estado de exceção no país.

Esta eleição estava inicialmente prevista para o outono boreal de 2008. O presidente anunciou também a realização de um referendo sobre a data do pleito legislativo, que poderia ser organizado na primavera ou no outono de 2008.

"Vocês queriam eleições antecipadas, vamos fazê-las ainda mais cedo. Enquanto presidente, sou a garantia da democracia na Geórgia", afirmou.

Os habitantes da Geórgia viveram nesta quinta-feira seu primeiro dia de estado de exceção, no qual as manifestações, diárias há uma semana, estão proibidas. A imprensa foi censurada e as rádios obrigadas a transmitir apenas música.

As ruas da capital Tbilisi amanheceram calmas, com a população em suas casas, depois da violenta repressão da polícia na véspera contra um movimento popular de protesto que já durava seis dias.

Os transportes públicos também sofreram restrições: algumas estações de metrô foram fechadas e os ônibus estão sendo desviados para impedir uma possível afluência de manifestantes no centro da capital.

Estas medidas durarão, a princípio, 15 dias e foram decididas por Saakachvili, que chegou ao poder depois da revolta popular de outubro de 2003 conhecida como Revolução Rosa.

Segundo os ministérios da Saúde e do Interior, 589 pessoas pediram assistência médica depois dos enfrentamentos da quarta-feira e 20 continuam hospitalizadas. Trinta e duas pessoas foram presas.

Rússia - A crise política se vê agravada pelas tensões com a vizinha Rússia, que governou a Geórgia por dois séculos e é vista por muitos georgianos como disposta a sabotar a independência do país após o fim da União Soviética.

Na quarta-feira, Saakachvili acusou a Rússia de alimentar os atuais problemas na Geórgia depois dos enfrentamentos entre forças de segurança e manifestantes em Tbilisi. Saakachvili anunciou em seguida a expulsão de vários colaboradores da embaixada russa na capital georgiana.

A Rússia declarou nesta quinta-feira que expulsará três diplomatas georgianos em represália pelas acusações da Geórgia, segundo o porta-voz da diplomacia russa.

"Em resposta às medidas não amistosas da Geórgia, a Rússia decidiu declarar persona non gratae três altos diplomatas da embaixada da Geórgia em Moscou", disse Mikhail Kamynin.



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