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Banhistas ignoram alertas de água imprópria na Prainha do Riacho

Cetesb classifica como inadequada para banho; entenda os riscos

Gabriel Gadelha
Especial para o Diário
14/02/2024 | 07:30
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Placa adverte sobre água imprópria (FOTO: Celso Luiz/DGABC)


Apesar das advertências visíveis em placas que alertam para a qualidade imprópria da água na Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, muitos frequentadores optam por desafiar os avisos durante o Carnaval. Esta prática arriscada inclui não apenas adultos se aventurando em mergulhos, mas também a presença de crianças às margens da represa. Mesmo diante das indicações de perigo, as atividades recreativas, como passeios de jet-ski, continuam a ocorrer.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) classifica semanalmente a qualidade da água em diversos pontos do Estado para fins de balneabilidade. O último boletim, válido até dia 5 deste mês, indica que o espaço turístico são-bernardense não é recomendado para banhistas.

“Por ser um lugar que eu já frequento, eu não prestei muita atenção nos avisos. Venho aqui com meus amigos há tempos, fazemos isso por causa da falta de outras atividades de lazer. Então, aproveitamos esse calor no feriado para nos banhar e nos refrescar”, relata Luís Eduardo, morador do bairro Demarchi, em São Bernardo.

As praias são definidas como impróprias para banho com base em análises mensais da Cetesb, em caráter preventivo, quando ainda apresentam baixos índices do organismo indicador (E. Coli/Coliformes/Enterococos). 

Mesmo que uma praia apresente baixa densidade desses organismos indicadores, ela será considerada imprópria quando ocorrerem situações especiais que desaconselhem o banho, como a presença excessiva de algas, derrames acidentais de produtos tóxicos próximos às praias ou surtos de doenças de veiculação hídrica.

A Cetesb explica que as doenças relacionadas ao banho em águas poluídas geralmente não são graves, sendo a mais comum a gastroenterite, que pode causar sintomas como enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. Outras doenças menos sérias incluem infecções nos olhos, ouvidos, nariz e garganta. Em locais altamente contaminados, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide.

A Prainha do Rio Grande é uma área de lazer bastante frequentada pelos moradores da região, especialmente nos fins de semana e feriados, para atividades como caminhadas, corridas, piqueniques e momentos de relaxamento próximo à Represa Billings. 

Sandra Cristina Pereira, comerciante da Prainha há 10 anos, comenta que o fluxo de banhistas foi menor em comparação aos últimos anos no período de Carnaval. “ No sábado foi bem parado, pouca gente, não rendeu muito. Já no domingo veio muita gente. Peguei um trânsito de quatro horas pra chegar aqui”, comenta.

A comerciante acrescenta que os domingos ensolarados são os dias de maiores vendas, mesmo fora de datas festivas e feriados.




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