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Paramilitares colombianos anunciam desmobilização até 2005
Da AFP
15/07/2003 | 20:54
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As forças paramilitares Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) vão desmobilizar todos os seus integrantes num processo que começará no final deste ano e terminará em 2005, informou nesta terça-feira uma nota conjunta divulgada pelo governo e pelo grupo armado ilegal.

"As Autodefesas Unidas da Colômbia se comprometem a desmobilizar a totalidade de seus membros, em um processo gradual que começará com as primeiras desmobilizações antes de terminar o ano corrente e que deverá terminar, no mais tardar, em 31 de dezembro de 2005", ressaltaram as partes envolvidas.

O comunicado, chamado de "Acordo de Santa Fé de Ralito para contribuir para a paz da Colômbia", acrescenta que "o governo se compromete a adiantar as ações necessárias para reincorporar (as AUC) à vida civil".

O grupo e o governo do presidente Alvaro Uribe se comprometeram a criar as condições que permitam concentrar, com as devidas garantias de segurança, os membros das AUC em locais previamente acordados, com a presença permanente da força pública.

As AUC ratificaram no documento de 10 pontos "seu compromisso com o cumprimento do fim das hostilidades, como expressão de boa vontade", e garantiram que "continuarão com seus esforços para conseguir que seja totalmente efetivo".

O grupo armado ilegal, com mais de 10 mil combatentes, destacou que compartilha "o propósito do governo de uma Colômbia sem narcotráfico" e anunciou seu apoio "às ações do Estado colombiano contra este fenômeno que destrói a democracia, a convivência, a economia e o meio ambiente".

No documento, divulgado pela Agência de Notícias da Presidência da República, as AUC pediram à comunidade internacional "que apóiem os esforços para defender e fortalecer a democracia colombiana".

Com a assinatura do acordo, as partes deram por concluída a fase exploratória do processo de paz, que se iniciou no começo de 2003, "para dar a partida para uma etapa de negociação". Essa etapa de negociação compreende, segundo porta-vozes do governo, aspectos logísticos, jurídicos, sociais e econômicos relacionados aos membros das AUC.

O documento, firmado após dois dias de deliberações numa região não identificada do país, leva as assinaturas, entre outros, do alto comissionado para a paz do governo, Luis Carlos Restrepo, e dos chefes paramilitares Carlos Castaño e Salvatore Mancuso.




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