O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse nesta sexta-feira que a base aliada do governo federal precisa se articular no Congresso Nacional para aprovar projetos de interesse do Executivo, como é o caso da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga até 2011 a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto com prazo de extinção previsto para o fim deste ano.
"Acho que a base aliada, se existe uma coalizão que tem que ter para governar o país, tem que se articular, tem que começar a conciliar forças para aprovar os projetos de interesse do governo e da nação", afirmou.
De acordo com Raupp, há cerca de 60 dias a base aliada tinha 43 votos a favor da prorrogação da CPMF e hoje já conta com cerca de 50. Para aprovação da Contribuição no Senado é preciso o mínimo de 49 votos a favor,e m dois turnos de votação em plenário.
Ele disse ainda que no caso dos senadores é preciso fazer um trabalho de convencimento com cada um deles para garantir a aprovação da PEC, diferentemente do que acontece na Câmara, onde os votos são de bancada.
"Aqui não existe dizer que os líderes falam e os outros têm de seguir; cada senador é livre de si mesmo. Então tem de haver esse processo, esse trabalho de convencimento", assinalou.
Questionado sobre uma possível articulação da bancada do PMDB em relação à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, Raupp negou que haja alguma articulação nesse sentido.
"Eu não tenho colocado isso dentro da bancada, cabe ao PMDB a escolha do presidente, porque o cargo não está vago ainda. Assim que isso ocorrer eu levarei a decisão para dentro da bancada para que saia um nome e espero que dentro da bancada saia um nome de consenso", explicou.
(Veja a cobertura da 'batalha da CPMF')(Veja a cobertura do 'caso Renan')