O ex-policial militar Ronnie Lessa fechou acordo de delação premiada com a PF (Polícia Federal) e acusou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio pelo Psol morta em 2018. A informação foi repassada ontem pelo site The Intercept.
Diante da repercussão, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que sua família aguarda comunicados e resultados oficiais sobre as investigações do assassinato de sua irmã e do motorista Anderson Gomes.
“Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça”, escreveu Anielle em uma rede social.
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis anos no dia 14 de março, e, com a entrada da Polícia Federal nas investigações, em 2023, houve alguns avanços, como a delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Em julho do ano passado, agentes da PF que participavam das investigações informaram que, na delação, Queiroz apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como o autor dos assassinatos de Marielle e Anderson.
Agora, matérias da imprensa relatam que depois de negociações desde o ano passado, Lessa também aceitou fazer revelações sobre o crime em delação premiada à Polícia Federal. A coordenação de comunicação social da PF no Rio de Janeiro informou que não poderia dar detalhes sobre as investigações em andamento.
Na publicação em seus perfis no Instagram e no X, a ministra da Igualdade Racial lembrou que são quase seis anos da maior dor que sua família sentiu.
“A resposta sobre esse crime - quem mandou matar Marielle e Anderson e o porquê – é um dever do Estado brasileiro”, concluiu.