Os números do Infosiga, sistema de monitoramento do governo estadual gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo), apontam que as sete cidades enfrentam verdadeira epidemia de mortes no asfalto. Nos 12 meses de 2023, 254 pessoas perderam a vida nas estradas e vias urbanas do Grande ABC. A letalidade é a maior verificada em oito anos, perdendo apenas para os 270 registros de 2015, no primeiro levantamento da série histórica. Por trás destas estatísticas frias existem famílias destruídas e sonhos interrompidos, o que torna imperativo, portanto, que as autoridades se mobilizem de maneira urgente para reverter esta alarmante tendência. É preciso agir.
É fundamental que sejam implementadas ações abrangentes, desde campanhas educativas até a melhoria da infraestrutura viária e o reforço da fiscalização. Investir em tecnologias modernas, como sistemas de monitoramento e câmeras de vigilância, pode ser essencial para identificar e punir comportamentos irresponsáveis nas estradas. Além disso, é urgente promover uma revisão nas leis de trânsito, garantindo que as penalidades sejam mais rigorosas e desencorajem práticas perigosas. Necessário, também, dar atenção especial às motocicletas e a seus condutores, envolvidos na maioria das ocorrências que terminaram com mortes no Grande ABC nos 12 meses de 2023.
A segurança viária não é apenas responsabilidade dos condutores, mas também das autoridades que têm o dever de criar ambiente propício para a circulação segura de veículos e pedestres. O recorde de mortalidade registrado no Grande ABC desde 2015 é um chamado urgente para ações decisivas. A sociedade clama por medidas concretas que revertam essa triste realidade e assegurem que cada pessoa possa chegar ao seu destino de maneira segura. É hora de unir esforços, agir com determinação e construir um futuro onde as estradas que cortam as sete cidades, e também as suas ruas e avenidas, sejam conhecidas pela segurança, não pela tragédia. Chega de ver o asfalto manchado de sangue.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.