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Um a cada 10 vereadores do Grande ABC é suplente

Região possui 15 vereadores substitutos no cargo; Sto.André e S.Bernardo lideram lista

Gabriel Rosalin
Especial para o Diário
21/01/2024 | 07:00
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Renatino tem orgulho da atuação em Santo André; Simão faz balanço positivo do trabalho em Mauá (FOTO: Reprodução e Banco de Dados DGABC)


Um a cada dez vereadores é suplente no Grande ABC. A região entra em 2024 com 15 suplentes em exercício nas Câmaras, o que representa cerca de 10,6% da quantidade total de 142 parlamentares. Além disso, todas as sete cidades possuem pelo menos um substituto exercendo a função.

Santo André e São Bernardo são os municípios com a maior quantia de substitutos nas Casas. Os dois municípios detêm quatro suplentes ocupando vaga dos titulares. Logo em seguida, vêm São Caetano e Ribeirão Pires, ambas com dois. Para fechar, Rio Grande da Serra, Diadema e Mauá possuem apenas um político preenchendo o cargo em suas respectivas Câmaras. 

Os suplentes assumem quando os vereadores titulares eleitos são chamados para ocupar outros cargos, como secretaria do município, ou quando pedem licença por um período determinado. 

Em Santo André, todos os representantes herdaram vagas de vereadores que, atualmente, ocupam cargos nos departamentos da Prefeitura. Renatinho do Conselho (Avante) assumiu o lugar de Almir Cicote (Avante), atual secretário de Educação. Já Edilson Fumassa (PSDB) herdou a cadeira de Pedrinho Botaro (PSDB), secretário de Ações Governamentais e ex-presidente da Câmara. Outros suplentes em exercício no município são Tânia Juliano (PSDB) e Marcos Pinchiari (PSDB), que preenchem, respectivamente, os lugares do secretário da Pessoa com Deficiência, Jobert Minhoca (que se elegeu pelo PSDB e hoje está no Podemos), e do secretário de Esporte e Prática Esportiva, Marcelo Chehade (PSDB). 

O panorama se repete em outras cinco cidades da região. Em São Bernardo, os quatro parlamentares suplentes em exercício, Henrique Kabeça (PSDB), Ary de Oliveira (PSDB), Eduardo Tudo Azul (PSDB) e Leo RR (PSD), também assumiram as cadeiras de secretários no município. 

Em Mauá, o vereador Simão (Avante) herdou o lugar do secretário de Planejamento Urbano, Chiquinho do Zaíra (Avante). Já em Rio Grande da Serra, Leda Xavier (PTB) pegou a vaga deixada por Charles Fumagalli (PTB), irmão da prefeita Penha Fumagalli (PSD) e atual secretário de Segurança Urbana, Trânsito e Defesa Civil. 

Diadema possui o vereador Antônio Rodrigues (PT), que assumiu o espaço do atual Secretário de Saúde, Zé Antônio (PT). Em São Caetano, os suplentes Olyntho Voltarelli (PSDB) e Maurício Fernandes (PL) também herdaram vagas de secretários vigentes.

O cenário de Ribeirão Pires é um pouco mais complexo, visto que mexeu na estrutura dos principais cargos da Prefeitura. O prefeito Guto Volpi (PL) ocupava a presidência da Câmara até setembro de 2022. Após cassação de seu pai, o ex-prefeito Clóvis Volpi (PSD), Guto assumiu o Paço, deixando a vaga para o vereador suplente Leonardo Biazi (PL). O vice-prefeito de Ribeirão, Rubão Fernandes (PL), também ajudou na dança das cadeiras da cidade, após aceitar convite de Guto e esvaziar um espaço da Câmara, ocupado agora pelo suplente Sargento Alan (PL).

O mestre em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo) e professor de ciência política da UFABC Diego Corrêa explica que os suplentes quando assumem a vaga têm as mesmas funções dentro da Câmara. “Quando assumem o lugar, eles têm a total capacidade e responsabilidade de um vereador titular. O suplente tem o mesmo partido e vai seguir o debate conforme os interesses da sigla. Propõem projetos de leis, debates e votam as mesmas coisas e direitos (que um titular)”, comentou o especialista.

Para ele, o andamento e a efetividade da Câmara Municipal não são afetados e independem dos números de suplentes em exercício. “É um fenômeno corriqueiro da política, não muda nada na rotina da casa e não gera nenhum problema. Em todas as Câmaras, seja governo do Estado ou federal, sempre vai ter uma quantidade de suplentes que assumiram”, completou Corrêa. 

O suplente em exercício Simão, que assumiu em janeiro de 2023, enxerga que seu mandato está sendo favorável para Mauá e para sua legenda, o Avante. “O balanço é positivo, estou conseguindo entrar com indicações e requerimentos em todas as sessões. Estou fazendo parte da comissão de acompanhamento das obras de encostas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), pela qual visitamos algumas obras”, comentou.

Renatinho do Conselho é outro vereador suplente que observa com bons olhos seu pleito. O caso do parlamentar é um pouco mais confortável, visto que assumiu no começo de 2021. Deste modo, passou praticamente todo o atual mandato na Câmara. “Iniciei em fevereiro de 2021. Estou, praticamente, todo tempo desta legislatura exercendo a função. Muito orgulho. Iniciei um trabalho amplo pela população e apresentei diversos projetos. Hoje, sou considerado um dos vereadores mais atuantes da cidade”, analisou o parlamentar.




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