O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta sexta-feira que só disputará a presidência da Casa se for indicado pelo seu partido. De acordo com o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), a eleição que definirá o sucessor de Renan Calheiros (PMDB-AL) será realizada na próxima quarta-feira.
No entanto, Simon declarou nesta sexta que acha difícil ser indicado pelo PMDB para ocupar o cargo, pois muitos integrantes da legenda não gostam do nome dele devido ao fato de ele não ser um senador totalmente alinhado com os interesses do Palácio do Planalto.
A iniciativa de lançar o senador gaúcho como candidato partiu de um pedido feito em plenário por Eduardo Suplicy (PT-SP) e que rapidamente ganhou a adesão de outros 28 senadores, sendo que entre eles muitos integram os partidos que fazem oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por enquanto, o favorito para assumir o posto é Garibaldi Alves (PMDB-RN), que também conta com o apoio dos oposicionistas. Ainda correm por fora os peemedebistas Valter Pereira (MS), Leomar Quintanilha (TO) e Neuto de Conto. Mas, caso o PMDB lance o nome de um destes três como candidato, a oposição promete colocar alguém do PSDB ou do DEM na disputa.
Sarney – O nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ficar com a presidência do Senado era o de José Sarney (PMDB-AP), que já comandou a Casa em outras duas ocasiões. No entanto, ele mesmo já descartou a possibilidade e só deve assumir o cargo caso todos os outros senadores desistem da candidatura.
O PMDB deve reunir a bancada na próxima terça-feira para definir um nome de consenso para ser o novo presidente do Senado.
(Veja a cobertura do ‘caso Renan’)