O congresso, denominado Encontro Internacional de Líderes Trabalhadoras do Sexo, começou discretamente em um hotel de Lima, com a presença de delegadas do Brasil, Argentina, Equador, México, Chile e Peru.
Um dos objetivos do encontro é formar uma frente internacional de profissionais do sexo, a fim de defender as prostitutas contra os constantes abusos que sofrem em todos os países da América Latina.
"Já existe uma Rede Latino-Americana de Trabalhadoras do Sexo, que reúne diversos sindicatos criados nos últimos anos", disse uma porta-voz da Associação de Trabalhadoras do Sexo Miluska: Vida e Dignidade, entidade peruana organizadora do evento.
"Há uma grande carga social e moral que pesa sobre as trabalhadoras do sexo", disse a delegada peruana, denunciando que as profissionais do sexo são freqüentemente chamadas de "putas ou rameiras". Ela defendeu que “as trabalhadoras do sexo exercem um trabalho como qualquer outro, e não devem ser chamadas por nomes pejorativos”.
Outra delegada lembrou que a prostituição está ligada diretamente à pobreza. "É uma questão de sobrevivência, porque não há outra opção. É uma conseqüência direta da pobreza", declarou. E ela prosseguiu: "se as trabalhadoras do sexo pudessem fazer outra coisa, certamente não estariam nessa profissão, mas a maioria é empurrada pela falta de emprego e a situação gerada pela crise econômica na América Latina".
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