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Dias consegue vitória na Câmara de Mauá
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
04/02/2003 | 22:40
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Depois de enfrentar problemas no Legislativo por três meses, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), começou a respirar mais aliviado. No reinício dos trabalhos da Câmara, Dias conquistou sua primeira vitória desde que começou a disputa pela presidência da Câmara, em novembro. A consolidação do racha dentro do grupo de oposição fez com que o requerimento que pedia a convocação do prefeito para dar explicações sobre o atraso nas obras do viaduto que liga a praça 22 de novembro e a avenida Capitão João fosse rejeitado em plenário.

A rejeição do requerimento poupa o prefeito de um possível desgaste político ao ser obrigado a comparecer no Legislativo. Uma segunda vitória de Dias poderá acontecer na próxima sessão. O vereador Manoel Lopes (PFL) pretende apresentar o pedido de criação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) sobre o viaduto. No entanto, o racha dos oposicionistas deverá fazer com que o requerimento seja novamente rejeitado.

Além dos vereadores Alberto Betão Pereira Justino (PFL) e Sidnei Sabela (PSDB), quem também deu forças ao prefeito no Legislativo foi o vereador Altino Moreira dos Santos, o Pastor Altino (PL), que também foi contrário à convocação de Dias. No entanto, Pastor Altino nega que esteja definitivamente fora do grupo de oposição. “Não tomei nenhuma posição. Nem para um lado e nem para outro”, afirmou.

Se Pastor Altino tenta contornar a situação, Betão e Sabela não escondem que a união do grupo de oposição não existe mais. “Nunca existiu um grupo de 12 para votar junto na ordem do dia”, disse Sabela. Para Betão, não houve nenhum tipo de traição porque foi cumprido o acordo de se votar na eleição das comissões permanentes da Casa. “O meu compromisso foi cumprido. Não tem racha de algo que não existe”, disse.

A posição dos dissidentes gerou críticas dos demais membros do grupo. “Cada vereador é independente, mas o Betão e o Sabela não cumpriram o compromisso deles. Precisam tomar uma posição, porque estavam na reunião do grupo, mas querem votar com o governo”, disse o vereador Carlos Alberto Polisel (PSDB). Quem também não gostou da postura foi o vereador Arissol Miranda (PST). “Algumas pessoas ignoram o grupo e olham somente para o próprio umbigo”, afirmou.




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