O relator da CPI do Apagão Aéreo do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), pediu em seu parecer final na tarde desta quarta-feira ao Ministério Público o indiciamento de 21 pessoas ligadas a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), que seriam suspeitas de envolvimento com irregularidades nas obras de construção e reformas de aeroportos. O relatório também pediu investigação de dois ex-dirigentes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Segundo o senador dos Democratas, existia uma quadrilha que trabalhava dentro da Infraero. "As pessoas jurídicas com quem a Infraero se relacionava se apropriaram da estatal", afirmou Torres em seu relatório.

O parecer teve mais de 10 mil páginas e indicou diversos casos de corrupção na estatal. De acordo com o relatório, a 'quadrilha' teria levado mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos.

Entretanto, Torres afirmou que o relatório não é conclusivo e que a Polícia Federal e o Ministério Público terão de investigar os casos de corrupção. O senador também criticou a ex-diretora da Anac Denise Abreu, que, para ele, protegia as empresas aéreas.