A secretária-executiva do Bolsa Família, Ana Fonseca, rebateu nesta sexta-feira as críticas do empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantin, que comparou a distribuição de alimentos do Fome Zero a esmola. Segundo Fonseca, o programa quer levar as pessoas a buscarem, além do alimento, o conceito de cidadania e direitos essenciais como educação e saúde.

“Não é esmola. O direito à educação está na Constituição desde 1934 e o programa pretende aproximar esse direito da sociedade”, disse.

Quanto ao Bolsa-Família, Fonseca declarou que a meta de atender 11,4 milhões de famílias em 2006 pode ser antecipada em um ano com a adesão de Estados e municípios. De acordo com ela, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas e Rio Grande do Sul já manifestaram a intenção de integrar seus programas ao do governo federal.

Questionada sobre se foi proposital a escolha de 27 de outubro – um ano da eleição e aniversário do presidente Luiz Inácio Lula – Fonseca disse que a data de definição foi técnica. “Não é uma comemoração particular do Bolsa-Família, embora todos nós tenhamos motivos para comemorar. É o calendário do pagamento da Caixa Econômica Federal”, disse.