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Sarkozy promete ‘não abandonar’ refém das Farc
Da AFP
06/05/2007 | 16:17
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O presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy, prometeu que não abandonará a política franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém da guerrilha das Farc desde 2002, em seu primeiro discurso depois de se proclamar vencedor das eleições.

Não é a primeira vez que o líder recorda a política franco-colombiana. Recentemente, considerou que a França deveria "fazer todo o possível para buscá-la" e destacou que Washington, por sua influência sobre o presidente colombiano Alvaro Uribe, tinha um papel a desempenhar nesta libertação.

Ingrid Betancourt foi seqüestrada no dia 23 de fevereiro de 2002 pelas Farc quando tentava entrar numa zona desmilitarizada do sul do país, três dias depois de o então presidente, Andrés Pastrana, cancelar o processo de paz com essa guerrilha.

As circunstâncias do seqüestro mostraram muito de sua personalidade: ela chegou a ser advertida pelas autoridades sobre os riscos que corria em meio à ofensiva para retomar a área de distensão, mas disse que havia se comprometido a visitar os moradores de San Vicente del Caguán, sede do diálogo.

Em um vídeo divulgado pelas Farc em julho de 2002 como prova da sobrevivência de Ingrid, ela deu mostras de caráter, destacando sua divergência com relação à lei de troca proposta pelos rebeldes, desperdiçando a chance que teve de reivindicar sua liberdade.

Esta posição foi reforçada em outro vídeo divulgado no dia 31 de agosto de 2003 -última prova de vida- em que expressou concordância com um resgate militar, desde que a decisão fosse tomada pelo presidente Alvaro Uribe e apesar da oposição de sua família.

"Ela é terrivelmente disciplinada, voluntariosa, independente. Quando quer alguma coisa é cabeça-dura, de caráter... Eu a admiro. Ela encara as coisas de frente. Chamou o ex-presidente Ernesto Samper de criminoso, ela é inflexível, amiga da verdade, não se deixa convencer facilmente", desabafou sua mãe, Yolanda Pulecio.

Nascida em Bogotá e agora também com nacionalidade francesa, ela tornou-se cientista política pelo Instituto de Ciências Políticas de Paris.

Decidiu lançar sua candidatura à presidência depois de passar pelo Congresso, onde chegou em 1998 com 160 mil votos, a mais alta votação obtida por um candidato na Colômbia.

E, no entanto, para a presidência, só conseguiu 0,5% dos votos, o que reforçou a tese de que sua figura é mais popular no exterior, particularmente na França, cujo presidente, Jacques Chirac, manifestou várias vezes a preocupação por sua situação.




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