No Corinthians de hoje, após a surpreendente recuperação na competição, ninguém está mais firme do que o técnico Tite. Situação inversa vivia, naquele primeiro confronto, o treinador Oswaldo de Oliveira. Balançava tanto que por pouco não foi demitido após a derrota para o rival. Durou mais alguns dias somente.

O Palmeiras tinha Jair Picerni ainda, a goleada o ajudou a se firmar no clube, mas não tanto assim. Com a desclassificação na Copa do Brasil para o Santo André, perdeu o cargo e passou o chapéu para Estevam Soares.

Os times também em muito se transformaram. O Corinthians tinha uma equipe frágil na zaga, inoperante no meio-campo e ausente no ataque. A chegada do meia Fábio Baiano mudou o estilo de jogo, tornou-o mais ofensivo. Enquanto isso, em outra frente, Tite arrumou a defesa e, aos poucos, deu cara de time ao antigo amontoado de jogadores que tinha em mãos.

Na partida deste domingo, mesmo sem dois titulares – Wendel e Valdson, suspensos, dão lugar a Bruno Octavio e Marcelo Oliveira –, o treinador pretende manter uma equipe ofensiva, utilizando o atacante Gil para conduzir a bola na frente e, por fim, Jô (que ganha a vaga de Marcelo Ramos) fixo na área adversária. "Não teremos nenhuma fórmula para ganhar o clássico. Temos apenas de continuar trabalhando sério, como sempre fizemos", disse Tite.

O Palmeiras, por sua vez, deverá contar com todos os seus titulares. É possível que Baiano não jogue (faz tratamento contra dois furúnculos no abdômen) e pode ser substituído por Correa ou Adãozinho. Além disso, nenhum problema. O time quer mesmo, vencer o Corinthians mais uma vez e fechar em grande estilo a semana do aniversário de 90 anos.