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Atos de violência matam mais de 30 no Iraque
Da AFP
07/05/2006 | 17:11
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A violência atingiu novamente o Iraque neste domingo com a morte de 32 pessoas, a maioria em atentados suicidas, 39 feridas e a descoberta de 45 corpos crivados de balas. Também foram confirmadas as mortes de cinco soldados britânicos no sábado em Basra, na queda de um helicóptero.

O comandante Sebastian Muntz, um porta-voz do exército britânico, assegurou que cinco militares morreram na queda do helicóptero em Basra, e o ministério da Defesa em Londres, embora não tenha confirmado expressamente a morte dos britânicos, assegurou que não havia mais de cinco pessoas a bordo do helicóptero, um Lynx da RAF (Royal Air Force), que caiu no sábado em Basra (sul).

Em Kerbala, quinze pessoas morreram e dez ficaram feridas na explosão de um carro-bomba nesta cidade, situada a 110 km ao sul de Bagdá, informou Ali Musa, um responsável pelo serviço de emergência do hospital local.

Segundo as autoridades da cidade santa, um dos lugares de peregrinação mais importantes dos xiitas, o carro explodiu perto de um restaurante e de um edifício oficial, no centro.

Em Bagdá, o primeiro atentado ocorreu no bairro leste de Aadamiyá, quando um carro-bomba foi detonado no momento em que um comboio do exército iraquiano passava pelo local, matando oito pessoas e ferindo 15, a maioria soldados, segundo uma fonte do ministério do Interior.

Outra explosão foi registrada em Waziriyá, no leste da capital, perto da redação do jornal Al Sabah, próximo ao governo. Um civil e outras cinco pessoas ficaram feridas nesta explosão, precisou esta fonte. À tarde, dois policiais foram mortos por homens armados em Yarmuk, oeste da capital.

Em Mossul, 370 km ao norte de Bagdá, três policiais morreram na explosão de uma bomba artesanal no leste da cidade, segundo a polícia local, enquanto que perto de Tikrit, 180 km ao norte de Bagdá, sete pessoas ficaram feridas num ataque.

Nas últimas 24 horas, a polícia iraquiana encontrou os corpos de 45 pessoas crivados de balas em Bagdá: 28 em Jarj, leste da capital, 15 no distrito ocidental de Rusafa e dois em Madain, atrás do hospital desta localidade, situado a 25 km ao sul da capital.

Regularmente, homens uniformizados que circulam pela área detêm iraquianos e os levam para locais desconhecidos, dos quais muitos não retornam. Milícias e esquadrões da morte que supostamente fazem parte dos serviços de segurança são acusados, sobretudo pelos sunitas, de participar destes massacres.

A polícia e o exército iraquianos também descobriram, no centro de Bagdá, uma oficina de fabricação de carros-bomba num estacionamento perto de um mausoléu sunita, durante uma operação iniciada depois de uma explosão no bairro de Bab al-Jeikh, onde está localizado o estacionamento.

"As forças de segurança iraquianas descobriram uma oficina de fabricação de carros para atentados suicidas no bairro de Bab al-Jeikh, no centro de Bagdá, e uma grande quantidade de foguetes e explosivos, além de três veículos com explosivos e prontos para serem detonados", segundo a mesma fonte.

A polícia descobriu o lugar depois de uma explosão que "matou o camicase e feriou outras duas pessoas", segundo o mesmo informante. No plano político, o Parlamento curdo votou unanimemente no domingo, em Erbil, a favor da formação de um único governo para a zona autônoma do Curdistão, no norte do Iraque, encerrando o sistema anterior de dois governos locais separados.




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