A revista inglesa The Economist mantém na Internet um índice para verificar a paridade entre o dólar e a moeda local de diversos países onde o Big Mac é vendido. Em abril deste ano, o sanduíche custava R$ 3,60, equivalente ao câmbio da época a US$ 1,64 e a uma desvalorização do real na casa dos 35%. A rede baixou o preço do produto. O Big Mac custa agora R$ 2,95, cerca de US$ 1,20, o que representa desvalorização do real em 50%.
A dona de casa Doralice Di Traglia conta que já pagou três vezes pelo Ford Ka zero quilômetro que comprou em 1997. Quando veio a desvalorização cambial de 1999, a dívida assumiu proporções incontornáveis, e seu marido perdeu o emprego.
O empresário Isser Korik, dono de uma fábrica de artigos de couro, disse que comprou máquinas em dólar calculando o pagamento em R$ 2,10 e agora terá de arcar com a diferença para R$ 2,50. “Os custos tiveram uma alta violenta e não terei como repassar.”
O estudante Ingo Giovani Galioli, 10 anos, afirmou que ouve falar do assunto pelos jornais, mas sabe bem mais do efeito do que das causas. “O cinema de todo mês agora virou programa de férias.”
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