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Crianças aproveitam ausência de guardas para nadar em lagos
Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
09/04/2005 | 17:30
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Muito calor e nenhuma fiscalização. Sexta-feira, em dois parques de Santo André, o Palhaço Estrimilique e o do Pedroso, a combinação gerou um cenário preocupante. Crianças nadavam nos lagos e tanques, locais proibidos para banho por colocarem em risco a saúde e a segurança dos freqüentadores. A maioria ignorou as placas de advertência e mergulhou nas águas turvas de barro. E ninguém – nem funcionários dos parques, nem a GCM (Guarda Civil Municipal) – estava por perto para impedir.

No parque do Pedroso, no Jardim Irene, dezenas de crianças se divertiam na manhã de sexta-feira nas partes mais rasas dos lagos, na presença de alguns adultos, que também aproveitaram para se refrescar. Nem o posto da Guarda Civil Municipal, que é vizinho da área verde, inibe o uso dos tanques para banho ou torna a fiscalização do parque mais rigorosa. Em fevereiro do ano passado, um estudante de 15 anos morreu afogado no mesmo local e a polícia afirmou, na época, que muitos garotos se arriscavam brincando nos tanques.

A situação não era diferente no parque Palhaço Estrimilique, no Jaçatuba. Ali, só há dois tanques, bem menores do que a extensa área de lagos do Pedroso. Ambos são rasos, lamacentos e malcheirosos. Na tarde de sexta-feira, um garoto de 10 anos nadava tranqüilamente no local, e outras crianças ensaiavam o mergulho. A chegada da reportagem do Diário causou alvoroço entre os meninos e logo chamou a atenção do administrador da área.

Uma viatura da Guarda Municipal apareceu minutos depois e pediu que deixassem o tanque. Os meninos se surpreenderam com os guardas. “Eles nunca vêm. Só passam uma vez de manhã e outra à tarde. Nesse meio tempo, a gente aproveita para nadar”, contou um deles.

Em nenhum dos dois parques há presença de um guarda municipal fixo para fazer a vigilância, explicou o operador de rádio da GCM, que centraliza todas as ocorrências, Beroaldo Alves França Filho. Ele diz que, em casos como os flagrados pela reportagem, é necessário que a administração do local comunique a ocorrência. “Só assim a gente pode enviar uma viatura para averiguar a irregularidade”, explica.



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