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Sem ações, Consórcio lança plano estratégico
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/12/2010 | 07:53
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Orlando Filho/DGABC


 

Ainda inoperante e prestes a completar 20 anos, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC lançará hoje o Planejamento Regional Estratégico dos próximos dez anos (2011/2020) que guiará as ações a serem desenvolvidas. Devido às mudanças da entidade para ordem de direito público, agora pode pleitear verbas dos governos federal e estadual, além de ter imunidade tributária e vantagens licitatórias. A solenidade de aniversário deve contar com os sete prefeitos e deputados da região.

De agosto a setembro deste ano, a equipe técnica que compõe os 25 GTs (Grupos de Trabalho) do órgão, em parceria com o Sebrae, elaborou o novo documento que destaca assuntos que atualmente são desafios ao Grande ABC, como o conceito de mobilidade urbana associada às questões do trânsito e transporte, maior oferta de acessibilidade aos deficientes e inspeção veicular.

O presidente do Consórcio e prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), nem se esforçou para lembrar o único recurso realizado na história. "Nesses últimos 20 anos, a única verba que conseguimos foi para a execução do Plano de Turismo, no qual angariamos R$ 400 mil por meio da, à época, ministra Marta Suplicy."

Volpi disse que pertence ao passado o papel de não extrapolar a esfera das discussões por falta de representatividade e ausência de autonomia. "A nova constituição jurídica trouxe poder de execução para a autarquia, que agora tem capacidade para firmar acordos entre as administrações e abrir processos de licitação para obras, serviços e locações."

De acordo com o presidente, o Consórcio surgiu em momento propício, "quando no Grande ABC tinha taxa de desemprego de quase 20%, e era necessário que a região se articulasse para debater a situação com o Estado e a União, com o objetivo de desenvolver-se economicamente."

Para o verde, a criação de escolas de governo, ideia do prefeito de Santo André Celso Daniel (morto em janeiro de 2002), beneficiará na busca por recursos. "As pessoas terão treinamento para trabalhar na vida pública. Faremos cursos de gestão e captação de verba. Às vezes, sobra dinheiro da União por falta de projetos."

 




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