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André Luís é a arma do Corinthians no clássico
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
05/05/2001 | 18:31
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  Jogar no contra-ataque, sua maior arma durante toda a primeira fase do Campeonato Paulista, não será tarefa fácil para o Corinthians neste domingo, no primeiro jogo da semifinal, contra o Santos. Como o Peixe tem a vantagem do empate por ter feito melhor campanha ao longo da etapa classificatória, o time corintiano dificilmente poderá utilizar sua principal força, artifício do técnico Wanderley Luxemburgo e com o qual o time venceu praticamente todos os seus últimos jogos e conseguiu sair das últimas colocações da tabela e garantir vaga na semifinal do Paulista.

Luxemburgo tenta não dar pistas sobre como fará para superar a muralha defensiva que os santistas ameaçam armar. Mas uma das armas para furar o bloqueio santista será o lateral-esquerdo André Luís, que pode entrar no meio-campo, posição em que atua com tranqüilidade. Segundo o jogador, o time terá de intensificar jogadas de linha de fundo. O lateral entende que não poderá afunilar o jogo, entrando em diagonal, como faz com freqüência.

Em outras palavras, o técnico Luxemburgo quer o time inteiro no ataque no primeiro jogo, mesmo porque não sabe se vai poder repetir a mesma formação na segunda partida que, na verdade, será a verdadeira decisão. Por isso o treinador corintiano repete sempre que esta semifinal contra o Santos “é um jogo de 180 minutos”.

O técnico, inclusive, lembra que teve pouco tempo para preparar a equipe taticamente para esta partida. Teve apenas o treino de sexta-feira, quando o elenco fez uma corrida de meia hora, quando já estava escuro no Parque São Jorge. “O que nós mais precisávamos era de recuperação”, disse o treinador, referindo-se à falta de treinamento tático.

Na quarta-feira, o time foi a Teresina para enfrentar o Flamengo-PI. Teve um jogo fácil (goleou por 8 a 1), mas Luxemburgo garante ter havido desgaste dos jogadores. “Enquanto nós estivemos jogando e viajando, o nosso adversário só treinou e descansou”, afirmou.

O meia-atacante Marcelinho prefere acreditar que o emocional pode decidir a partida. “Por ser um clássico, qualquer erro pode ser fatal. Por isso acho que quem tiver a cabeça no lugar leva vantagem.”

Para o meia Ricardinho, outro aspecto é ainda mais importante: a determinação. “Como se trata de um jogo que vale vaga na decisão, fica com os três pontos quem entrar mais determinado a vencer. A força de vontade e a determinação poderão decidir o jogo.”




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