O PT de Diadema prepara a maior coligação de sua história para tentar manter a hegemonia no comando da cidade. A estratégia tem claro interesse em enfraquecer os oposicionistas, mas pode trazer problemas caso o prefeito Mário Reali (PT) conquiste a reeleição em outubro: a composição do futuro governo.

Em 2008, na sucessão de José de Filippi Júnior (PT), Reali cedeu poucos espaços aos partidos que endossaram a candidatura petista. Vice-prefeito na chapa, Gilson Menezes (eleito pelo PSC, mas que se transferiu para o PSB) ficou com duas Pastas: Segurança Alimentar e Cultura. Aliado histórico, o PMDB foi agraciado com a Defesa Social. O PV também cavou lugar no primeiro escalão da administração, ao comandar a Secretaria de Meio Ambiente. O restante ficou nas mãos do PT, inclusive secretarias estratégicas, como Governo, e de maior movimentação financeira, como Saúde e Educação.

As outras oito siglas indicaram cargos em segundo escalão. Muitas não esconderam o descontentamento e reclamaram publicamente. O PCdoB, que gerenciava Esportes e foi preterido, já pediu canal maior de participação em eventual governo petista.

A coligação de apoio a Reali já conta com 12 legendas confirmadas: PT, PCdoB, PR, PPS, PSB, PMDB, PDT, PRTB, PRB, PTdoB, PSL e PPL. E pode engordar ainda mais, pois cinco agremiações discutem a adesão ao projeto petista: PSD, PSDC, PHS, PSC e DEM. 

GESTÃO REGULAR

Petistas dizem internamente que a formação de ampla coligação serve como alternativa para diminuir o discurso contra a gestão Reali. Por problemas financeiros, o prefeito passou longe de cumprir o plano de governo defendido em 2008.