"Eu sou uma desempregada, estou desesperada, sou mãe de família, cantora, uma ovelha desgarrada", foi assim que a paraense Francis Dalva se identificou, aos gritos, quando subiu na mureta da galeria do plenário do Senado.
"Estou desesperada, passando por problemas de depressão e precisando trabalhar", afirmou a cantora desempregada, em entrevista à Agência Brasil.
Já é a segunda vez em poucos meses que um desempregado em condição de desespero invade a galeria do Senado para protestar. Em 16 de março, Edivaldo Araújo subiu na mureta da galeria do Senado para pedir ajuda aos parlamentares. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ficou aflito com a situação e pediu para que o desempregado descesse ao plenário para conversar. A segurança do Senado agiu rápido e impediu que Edivaldo se atirasse da galeria.
Poucos dias depois, em 13 de abril, o desempregado José Antônio Andrade Souza, 30 anos, ateou fogo ao próprio corpo na frente do Palácio do Planalto. Desesperado, ele reivindicava uma audiência com o presidente Lula. O homem não resistiu às queimaduras e faleceu cinco dias depois.
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