O presidente libanês pró-sírio, Emile Lahud, rejeitou nesta sexta-feira o pedido de renúncia feito pelo primeiro-ministro Fouad Siniora,  que conta com o apoio de uma maioria parlamentar anti-síria.

"A demissão de um presidente da República tem suas razões e seu mecanismo definidos pela Constituição: a alta traição e a violação da Constituição. Nada justifica que Lahud apresente sua renúncia", afirma um comunicado da presidência divulgado em Beirute. Segundo o comunicado, "Lahud seguirá fiel a seu juramento e está determinado a prosseguir até o fim de seu mandato", que vai até novembro de 2007.

Em entrevista ao jornal Washington Post, Fouad Siniora afirmou que Lahud "deveria renunciar" depois da prisão de várias autoridades dos serviços de segurança de sua equipe como parte da investigação do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, em fevereiro.

"Pessoalmente, penso que depois da detenção das quatro pessoas, (Emile Lahud) deveria renunciar", disse, destacando que o presidente libanês foi imposto pela Síria que, antes de retirar suas tropas do Líbano em abril, exerceu forte influência durante 15 anos no país.