Política Titulo Condenação
Gilmar Mendes atormenta
petistas sobre Gilson Menezes

Indisposto com PT, ministro julga recurso do vice-prefeito de
Diadema sobre a condenação por improbidade administrativa

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/06/2012 | 07:38
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A situação jurídica indefinida do vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PSB), para concorrer à reeleição ao lado do prefeito Mário Reali (PT) pode ficar ainda mais nebulosa no STF (Supremo Tribunal Federal). O caso de reavaliação da condenação do socialista por improbidade administrativa está nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que no fim de maio se envolveu em polêmica com petistas graúdos.

Gilmar Mendes acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tentar brecar o julgamento do Mensalão no STF (marcado para o dia 1º de agosto). O ministro disse que Lula, em troca de outro atraso na análise do maior esquema de corrupção do governo petista, não citaria viagem para Berlim, capital da Alemanha, feita por ele junto ao senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) em jatinho de propriedade do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O caso poderia vir à tona na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) instalada no Congresso.

"Como o processo está com o Gilmar Mendes, o Gilson está praticamente condenado", afirmou um influente petista de Diadema, que não quis se identificar. "Isso é o que mais preocupa. A situação é quase certa que ele (Gilmar Mendes) não vai dar o recurso que pode tirar o Gilson da Lei da Ficha Limpa."

IMPASSE

A avaliação da alta cúpula do governo - a favor da manutenção de Gilson - é a de que o socialista precisa conquistar somente um recurso anulando a condenação por improbidade administrativa. À espera do documento, o diretório do PT adiou para o dia 30 a convenção municipal que vai homologar a candidatura petista à Prefeitura de Diadema.

Se o aval não chegar poucos dias antes do evento eleitoral, o PT, às pressas, definirá outro vice para Reali. Há o compromisso com aliados de que, caso Gilson seja impedido de concorrer, a discussão retornará ao fórum governista. Porém, a legenda iniciou debate interno de alternativas. Os vereadores Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e José Antônio da Silva (PT) são cotados.

Em duas instâncias, Gilson foi penalizado por deixar dívidas sem cobertura financeira no último ano de seu mandato à frente do Paço, em 2000. Naquele ano entrou em vigor a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que proíbe a transmissão de passivos a outros governos sem a existência de empenho financeiro para sanar o débito.




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