"O primeiro passo essencial é o fim da violência procedente dos dois lados, pois ninguém pode negociar seriamente em uma atmosfera de violência", declarou o ex-senador, membro da Comissão Internacional sobre o conflito israelense-palestino que leva seu nome.

"O que queremos", disse Mitchell, "é um esforço máximo para controlar o terrorismo, impedir os disparos isolados que ocorrem a partir de bases palestinas contra regiões de população israelense e levar à Justiça aqueles que continuarem se envolvendo em atividades terroristas".

A Comissão Mitchell publicou recentemente um documento recomendando o fim da violência para restaurar a confiança na região, sobretudo com o congelamento da colonização judia nos territórios ocupados.

Israel qualificou este informe de "base positiva" para o fim do conflito, mas recusou o congelamento das colônias, enquanto os palestinos insistem na aplicação total das recomendações do informe.

O ex-senador disse, por outro lado, que está disposto a "continuar ajudando" a encontrar uma solução para a violência do Oriente Médio se o presidente norte-americano e as diferentes partes o pedirem.

"Os outros membros da Comissão e eu mesmo estamos preparados a fazer todo o possível para conseguir o apoio necessário, mas não cabe a nós tomar esta decisão", declarou.

Mitchell encerrou uma visita de cinco dias à Irlanda e Irlanda do Norte junto ao ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.