Secretaria adota novo planejamento para ampliar cobertura de atendimento na cidade e conseguirá aumento no repasse do SUS para o município
Reorganização na rede de atenção primária vai garantir a Santo André o envio de R$ 84 milhões anuais a mais para a gestão da saúde da cidade. A Secretaria de Saúde adotou modelo de territorialização, remodelando as equipes que atuam nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e, assim, garantirá o aumento da cobertura do atendimento no município.
O planejamento feito pela equipe do secretário de Saúde, Gilvan Junior, foi de ampliar o número de equipes de estratégia e atuação da família, assim, abrangendo mais bairros que, até então, não possuíam cobertura de atendimento. Desse modo, o que antes eram 45% de atuação no município vai ultrapassar a margem dos 70% – índice que, segundo o Ministério da Saúde, é o mínimo para envio de reforço financeiro para custear as atividades.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde de Santo André, Sérgio Murilo Marques de Souza, essa reorganização vai assegurar R$ 7,5 milhões a mais de custeio federal já a partir de outubro, uma vez que a nova tabela, atualizada, será enviada na segunda-feira para o Ministério da Saúde.
“Essa territorialização que estamos implementando vai trazer uma série de benefícios em toda a rede. Porque vamos aprimorar o atendimento na atenção primária, que resultará em uma eficácia maior na urgência e emergência e, por sua vez, vai aprimorar os trâmites da parte hospitalar. É uma atuação preventiva para poder fazer um fluxo melhor de trabalho na saúde de Santo André”, analisou.
A territorialização consiste na reorganização das equipes que atuam nas unidades de saúde. De acordo com os estudos da Secretaria de Saúde, existem unidades com número de equipes de ESF (Estratégia de Saúde da Família) superior à demanda de moradores que transitam no equipamento e outras com deficit. A reorganização das equipes e dos territórios fará com que haja alcance maior da população assistida.
Para adotar esse planejamento, as USs (Unidades de Saúde) dos territórios passarão a adotar a ESF. Com esse modelo, o equipamento terá maior abrangência na comunidade onde está inserido, assim, o atendimento inicial será garantido pelas equipes de ESF e, havendo necessidade, o encaminhamento para especialidades será feito.
“Com essas mudanças, teremos vários ganhos. Vamos ter um controle melhor do agente de saúde nos bairros, que saberá o histórico e demanda dos pacientes. Também vamos conseguir dar vazão aos atendimentos nas Unidades de Saúde. E, além disso, contar com reforço importante de recursos para custear nosso sistema de saúde”, vislumbrou Sérgio Murilo.
Santo André conta com 453 mil pessoas dependentes do SUS (Sistema Único de Saúde) e mais 150 mil andreenses que transitam nas unidades (para vacinação e medicação, por exemplo). Portanto, cerca de 600 mil usam o serviço de saúde.
Atualmente o município dispõe de 52 equipes de ESF e o processo de ampliação elevará esse número em mais 74 equipes até dezembro – ou seja, 126 equipes de ESF. O objetivo é chegar a 150 equipes de ESF até o fim de 2024.
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