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Penhor de joias cresce 9,96% na região
Cibele Gandolpho
Especial para o Diário
08/02/2010 | 07:17
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Quem precisa de dinheiro na mão para saldar dívidas e tem joias em casa pode fazer o penhor das peças valiosas, obtendo empréstimo, em vez de apelar para os altos juros do cheque especial ou contratar empréstimo pessoal. O valor dos contratos desta modalidade só no Grande ABC cresceu 9,96% em 2009.

"Tivemos 9.925 operações no total de R$ 4,8 milhões em 2008 contra 10.052 contratos no ano passado, que somaram R$ 5,3 milhões", afirma a gerente regional de canais da Caixa, Maria José da Costa Sene. No Estado de São Paulo, por sua vez, foram 1.602.800 contratos, que chegaram a R$ 1,1 bilhão.

Oferecido exclusivamente pela Caixa Econômica Federal, o penhor tem taxas de juros baixas, em torno de 2% ao mês. "É possível cobrar juros menores do que o cheque especial, por exemplo, porque o banco tem a joia como garantia do pagamento", explica Maria José .

O dinheiro financiado corresponde a 80% do valor de avaliação da joia. Podem ser entregues peças em metais nobres, com ou sem pedras preciosas, relógios, canetas, medalhas e moedas.

Há dois tipos de penhor: o tradicional e o micropenhor. O primeiro é oferecido para pessoas físicas maiores de 18 anos e tem taxa de 2,09% ao mês. O segundo é exclusivamente destinado a clientes que não possuam saldo médio em conta-corrente ou aplicação financeira acima de R$ 3.000, na Caixa ou em outros bancos e limitado a R$ 1.000 por cliente. Nesta modalidade, a taxa de juros cai para 1,70% ao mês.

Os prazos de contratação da operação vão de um a 120 dias, à escolha do cliente. Nas renovações, o tempo para pagamento é fixo de 30, 60, 90 ou 120 dias. O cliente pode renovar quantas vezes precisar. Quem não pagar o boleto mensal após 30 dias do vencimento pode ter seu bem levado a leilão. A Caixa vende a peça e, se ela for vendida acima do valor avaliado no contrato, o banco paga a diferença para o cliente inadimplente.

Para contratar o crédito, a pessoa deve dirigir-se às agências da Caixa que atuam com penhor (veja a lista da região ao lado). É preciso levar o bem a ser empenhado, RG, CPF e comprovante de endereço.

 

Aposentado renova penhora de relógios e aliança desde 2005

O aposentado Wagih Elias Helou, 73 anos, está com as contas no vermelho desde 2005, quando procurou o penhor da Caixa para obter empréstimo sobre dois relógios de ouro, uma aliança e uma prótese dentária em ouro. "O banco avaliou as peças em R$ 684 em abril de 2005 e, desde então, renovo todos os meses o financiamento", conta.

Helou paga prestação de R$ 10 por mês e, para quitar o empréstimo, faltam cerca de R$ 200. "Pretendo reaver os bens assim que acertar a conta-corrente e a dívida do cartão. Para mim, é vantajoso, desde que não atrase a prestação. Uma vez isso aconteceu e paguei três vezes o valor do boleto", diz.

Vale ressaltar que não é qualquer peça que a Caixa aceita como penhor. Peças com teor inferior a 12 quilates e joias com enchimento de metal não nobre ficam de fora. Segundo o banco, entre as peças penhoradas há algumas curiosas como um chocalho em forma de cascavel com guizo em ouro, fivelas de cinto, medalhas olímpicas, moedas ciganas e enfeites de barco em ouro.




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