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Análise de ajuda ao Nardini trava na Secretaria da Saúde do Estado

Pasta comandada por Eleuses Paiva diz que ainda avalia o pedido da Prefeitura para auxílio financeiro; há 1 mês, governador garantiu envio

Raphael Rocha
18/08/2023 | 07:00
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Divulgação/Governo de São Paulo


Anda a passos lentos o estudo de viabilidade, por parte da Secretaria do Estado da Saúde, comandada por Eleuses Paiva, da transferência de recursos para ajudar no custeio do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá.


No dia 17 de julho, ao Diário, a Pasta liderada por Eleuses disse que o pedido da Prefeitura de Mauá para retomar o suporte financeiro para a unidade hospitalar estava “em análise”. Ontem, a Secretaria da Saúde voltou a dizer que o ofício requerendo o aporte estava “em análise”. 

“A Prefeitura de Mauá foi recebida pelo secretário Eleuses Paiva para tratar dos recursos ao Hospital Municipal Doutor Radamés Nardini. O ofício está em análise no expediente da Pasta”, informou o departamento, que não detalhou quando esse estudo ficará pronto.

A Prefeitura de Mauá solicitou no começo do ano à Saúde do Estado o envio de R$ 3 milhões mensais para ajudar no custeio do Hospital Nardini, retomando a parceria que durou até dezembro.

No mês passado, durante agenda em São Bernardo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantiu que iria liberar a verba para auxiliar na manutenção do Hospital Nardini. “O recurso já está saindo, está sendo liberado”, disse o governador, à ocasião. 

O complexo hospitalar municipal demanda R$ 10 milhões ao mês, dinheiro que hoje exclusivamente sai do Tesouro municipal, apesar de o Hospital Nardini ter um caráter regional pelo atendimento a pacientes de Ribeirão Pires, de Rio Grande da Serra, de Suzano e de parte da Zona Leste da Capital.

A unidade realiza média de 8.000 atendimentos e 1.200 internações mensalmente. E o dinheiro, conforme disse ao Diário Potira Ulbrich, diretora de enfermagem da unidade há dois anos, seria essencial para que, além do custeio mensal, a Prefeitura conseguisse avançar em reformas do próprio equipamento.

“A verba do Estado seria fundamental para as reformulações e readequações que precisamos fazer. O que vier de auxílio para o custeio ajudaria muito. Para quem não tem nada, como nós, somente com o município custeando tudo, ajudaria demais, porque a cidade teria R$ 1,5 milhão a mais para investir e melhorar o Nardini”, comentou ela, à ocasião.

Discurso compartilhado por Taís Santana, diretora técnica que atua no Nardini desde 2016. “Vindo recurso é um meio de a gente começar a melhorar o atendimento, até devido a essa superlotação que a gente tem. Mas dentro das dificuldades, às vezes criando vagas onde não temos, a gente vê resultado. Tem muito o que melhorar, e o investimento (do Estado) seria muito bem-vindo, principalmente para as adequações da sala de emergência, da UTI, que estamos fazendo com dinheiro da Prefeitura, e modernização de equipamentos, porque o hospital é antigo, e as coisas que temos, também.”



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