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Após 'não' do PMDB, PT retoma pré-candidatura

Petistas falaram sozinhos por chapa Pinheiro/Edgar em S.Caetano

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
09/06/2012 | 07:55
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O PT de São Caetano demorou dezenove dias após oficializar a intenção de compor a chapa majoritária como coadjuvante do PMDB e abdicar de candidatura própria para entender o ‘não' do pré-candidato peemedebista ao Palácio da Cerâmica, vereador Paulo Pinheiro, em ceder a vice.

Em reunião da direção municipal, os petistas optaram por abandonar o diálogo com Pinheiro já que não houve nenhuma resposta durante o período. "Entendemos que não dá para ficar aguardando uma resposta até setembro ou até outubro", declarou Edgar Nóbrega, vereador, presidente da sigla e agora, de novo, pré-candidato a prefeito.

Do lado petista os esforços para o casamento com o PMDB chegaram até o presidente nacional, o deputado estadual Rui Falcão. Edgar, por inúmeras oportunidades, defendeu na tribuna da Câmara que a união entre as agremiações seria um "bem para São Caetano". Nada ocorreu do lado peemedebista. Pinheiro chegou a dizer que não poderia rejeitar ajuda e que faria pesquisas para medir a capacidade eleitoral de Edgar. Mas nos bastidores o grupo do vereador apresentou resistência por considerar que o PT poderia, ao invés de acrescentar votos, retirá-los por conta do índice de rejeição na cidade. O ato soou como forma de manter o PT em banho-maria e minar a intenção de união, como de fato ocorreu.

Para Edgar, a derrocada na tentativa de coligação não prejudica a imagem do PT em São Caetano. O argumento é o de que a pré-candidatura petista nunca foi abandonada. "Fizemos uma série de atividades", disse. Além disso, o vereador destaca que a visibilidade do debate favoreceu a legenda. "O PT era visto como um partido arrogante que não conversava com ninguém e era o dono da razão. Nós evoluímos e aprendemos muito nessa conversa com o PMDB", definiu.

Caso o acordo tivesse sido concluído, o PT quebraria a tradição de lançar candidaturas próprias na cidade. "Respeitamos a tradição. Tanto é que recuperamos o perfil democrático do partido ao promover este debate", avaliou Edgar.

O próximo passo da legenda é a convenção municipal, marcada para quinta-feira para oficializar Edgar como candidato ao Paço, além da chapa de vereadores. Também prometem anunciar agenda de diálogo com outros partidos que podem eventualmente formar a coligação. "Temos uma agenda forte com o PRTB. Os outros ainda não vamos adiantar", afirmou Edgar.

As possibilidades de parcerias em São Caetano são pequenas. A pré-candidata governista, Regina Maura Zetone (PTB), tem 17 siglas aliadas. PCdoB, Psol e PSC também devem lançar nomes próprios ao Executivo. O vereador Paulo Pinheiro não foi localizado pela equipe do Diário para comentar o caso.




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