“Ele começou a pagar pensão há sete anos e a gente suspeita que fez essa loucura por não concordar em pagar o valor que a Justiça determinou”, disse o padrasto de L., o pastor evangélico S.S., 36 anos, que conversou no hospital com o enteado. “A gente não conseguiu encontrar outra hipótese. Ninguém na família está acreditando até agora. Todo mundo continua assustado com esse acontecimento”, disse S..
O motorista e o filho moram em vielas vizinhas, no Jardim Tijuco, em Diadema, na divisa com São Bernardo. Na terça-feira, por volta de 20h, L. caminhava até a igreja evangélica onde S. é pastor, no Jardim das Nações, quando foi abordado pelo pai, de carro. De acordo com o relato de L. à polícia, M.A.S. pediu ao filho que entrasse no carro e disse que o levaria até a igreja. Ao entrar no carro, o estudante relatou ter ganho do pai um saquinho contendo biscoitos recheados de goiabada, que estariam envenenados. Sem deixá-lo descer, o pai dirigiu até o bairro Taboão, em São Bernardo. Em um terreno baldio, S. cometeu, ainda segundo L., a segunda atrocidade da noite: utilizou cabos de bateria automotiva para estrangular o próprio filho.
O garoto perdeu a consciência e foi abandonado no terreno baldio. Ele recuperou os sentidos e pediu socorro a uma mulher que passava na rua. Com crises de vômito, L. foi levado para o pronto-socorro do Taboão, onde foi levantada a suspeita de envenenamento. Na madrugada desta quarta-feira, o adolescente foi transferido para o Hospital do Servidor Público, em São Paulo.
A polícia colheu amostras de vômito e sangue de L., para apurar se houve envenenamento. O motorista S. foi preso na mesma noite do crime. No porta-malas do Chevette, a polícia encontrou os cabos que teriam sido utilizados na tentativa de homicídio. Policiais mostraram os cabos a L. que reconheceu o material como sendo utilizado na tentativa de homicídio.
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