Com cinco meses de salários atrasados, a diretoria da Portuguesa de Desportos não sabe mais o que fazer para não deixar o clube fechar de vez. Nesta sexta-feira, com ameaça de greve dos funcionários, pagou um vale de R$ 200 a cada um, com a promessa de acerto do restante dos salários nos próximos dias. "Só dá para a condução. E as nossas dívidas? É brincadeira", reclamou um funcionário.

O vice-presidente de Finanças da Portuguesa, Virgílio dos Anjos Martins, pediu empréstimo ao banco Bradesco, com auxílio do Clube dos 13 – a Lusa não tem mais conta em banco – e prometeu a quitação da dívida no fim de outubro. Não conseguiu o dinheiro por falta de garantias financeiras. Desconversa. Garante que a burocracia é que está impedindo a chegada do dinheiro ao clube do Canindé. "Falta assinar um documento", vem justificando Martins.

A situação da Portuguesa é desesperadora. Chegou a ficar sem energia elétrica e abastecimento de água. Fez acordos. A luz voltou rápido. A água, que por muitos dias veio em de caminhões pipa, foi religada recentemente. No Centro de Treinamento do Parque Ecológico, porém, a energia continua cortada.