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Escola ser feliz
Raquel de Medeiros
Do Diário do Grande ABC
19/12/2010 | 07:17
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Experimente estar numa roda de amigas para observar que um dos principais assuntos - se não for o mais relevante - é falar sobre os relacionamentos. As mulheres parecem sempre estar em busca de um parceiro para dividir a vida. A caminhada à procura do príncipe encantado, no entanto, não é tão simples assim. Que alma feminina nunca se deparou escolhendo sempre o mesmo perfil de parceiros, com características desagradáveis, como num ciclo vicioso? E quem é que nunca teve dúvida se deveria terminar um relacionamento mesmo ele sendo fadado ao fracasso por medo de não encontrar novo companheiro? Depois de sentir as experiências na própria pele é que a a escritora Madeleine Lowe decidiu lançar o livro "Pare de Beijar Sapos!" (editora Universo dos Livros, 160 páginas, R$ 19,90).
"Como fui alguém que se sentia extremamente confiante com relação ao trabalho e às amizades e, ainda assim, acabei com expectativas tão baixas com relação ao amor? Por que mulheres tão inteligentes, bonitas e sensíveis parecem ir atrás de sapos tão asquerosos?", questiona a autora. A dúvida não é exclusiva da escritora, mas algo que passa na cabeça de muitas.
Para o psicólogo Tiago de Almeida, especialista no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso, isso acontece porque muitas acreditam que a felicidade esteja associada a outro ser humano. "E, nesse caso, ao parceiro amoroso, que as levam a permanecer em relações com claros sinais de fracasso", explica.
O livro traz passagens bem humoradas sobre, por exemplo, tipos de homens pelos quais não devemos nos apaixonar, como identificar moçoilos com boas características de personalidade e também em como criar coragem para mandar um relacionamento não satisfatório para o espaço. "Estar em uma relação, independente de quão ruim ela seja, é realmente melhor do que ficar sozinha? Não acredite nisso", afirma a autora.
PACIÊNCIA TEM LIMITE
Muitas mulheres acreditam que o parceiro vá melhorar um dia ou têm tanto medo de ficarem sozinhas que se permitem vivenciar situações absurdas de violência psicológica e até física. Lembram somente dos momentos bons, esquecendo dos carinhos não recebidos, de cada palavra que a maltratou, de cada de gesto de amor sublimado. "Sofrem muitas vezes caladas por acharem que o amor que sentem pelos seus parceiros podem regenerá-lo, e assim, acostumam-se a sofrer com a solidão acompanhadas de alguém muitas vezes ausente fisicamente e omisso emocionalmente", explica o psicólogo.
SUPERAÇÃO
Se você decidiu dar um basta, o primeiro passo depois do fim de um relacionamento é viver o luto e colocar os pensamentos no lugar. "É importante lembrar também que você terminou uma relação e não a vida", afirma Tiago.
Depois é hora de experimentar o novo. "Mudar o visual, estabelecer novas metas, sair de casa, arrumar uma nova turma. Enfim, um bom futuro espera, dependendo da nova atitude. Depois, é só dar uma chance a si mesmo. Existem muitas pessoas boas e interessantes por aí, basta se permitir conhecê-las."




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