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Obra levará água ao Jardim Irene
Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
29/03/2004 | 22:25
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A construção de uma estação elevatória de água no Jardim Irene II, em Santo André, deverá acabar com a falta de abastecimento para as famílias que moram nas partes altas da região, que engloba os jardins Irene II, III, IV e V – um projeto de lei que tramita na Câmara prevê a mudança do nome de toda essa região para Jardim Cipreste. Segundo informações do Semasa (Saneamento Ambiental de Santo André), as obras, que tiveram início há dez dias com a limpeza do terreno, devem ser concluídas até agosto, um investimento de R$ 229,3 mil.

O diretor do Departamento de Planejamento e Obras do Semasa, João Paulo de Mendonça Sarti, disse que a obra vai beneficiar cerca de 1,2 mil famílias que moram na região, de um total de 2,5 mil. “Há uma falha crônica de pressão nessa área que não deixa a água chegar nas partes mais altas”, explicou.

Segundo ele, será instalada uma bomba para dar mais pressão à rede para que a água chegue às residências. A estação elevatória será construída em um terreno doado pela população, na entrada do bairro. “Hoje, os moradores dessas regiões só recebem água à noite ou então quando há possibilidade de enviarmos caminhões-pipa”, afirmou Sarti.

O presidente da Associação dos Proprietários e Moradores do futuro Jardim Cipreste, Eluciano Costa Santos, disse que a população do bairro sofre com a falta de água. “Existe rede de abastecimento no bairro, mas a água não chega na casa de muita gente, mesmo recebendo conta”, afirmou.

Muitas famílias, principalmente as que moram no topo do morro, na divisa com a Vila São Pedro, em São Bernardo, usam água da cidade vizinha. Existem ligações clandestinas, inclusive aéreas – canos passam sobre os postes de iluminação.

A dona de casa Eliana Melo Berloffa contou que a água chega até sua casa somente durante a noite. Mesmo assim, não tem pressão para atingir a caixa d‘água, que fica no alto do imóvel. “Tive de instalar uma bomba para recolher água durante a noite e poder usá-la durante o dia”, disse. Segundo Eliana, a obra do Semasa traz uma esperança. “Parece um sonho não ter mais que me preocupar se a água vai chegar ou não.”




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